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quinta-feira, 19 de julho de 2018

PINOT BIANCO


 


Com muita freqüência leio matérias, comentários, elogios e tudo mais, sobre a Pinot Noir, mas raríssimas vezes, no patético mundo vinícola brasileiro, encontro algo informativo, sério, didático, sobre a nobre casta.

Semana passada, percorrendo a extraordinária gôndola de vinhos do supermercado "Esselunga", encontrei, em promoção, algumas garrafas de Pinot Bianco da vinícola Mario Schiopetto.
 

Falar de Schiopetto é falar de Friuli.
 
 
 

O  Pinot Bianco da Schiopetto, que nasce em Capriva Del Friuli, há poucos quilômetros da Eslovênia, honra a tradição vinícola da região.

Mas vamos falar um pouco de Pinot.

O principal e ancestral da Pinot Blanc é, sem duvidas, a Pinot Noir.

A "Pinot Noir", casta originária da Borgonha, já era cultivada há mais de 2000 anos antes, até, da colonização romana.

Casta delicada e sujeita às mutações, deu origem, através dos séculos, à suas diretas descendentes: Pinot Gris, Pinot Blanc, Pinot Meunier.


Todas as tipologias da Pinot preferem climas frios, condições climáticas constantes e sem mudanças repentinas de temperatura

Na França, seu berço, onde melhor adaptada e é mais bem interpretada, doa vinhos insuperáveis na Borgonha, Alsácia e Champagne.

A Pinot Blanc, durante muito tempo, foi confundida, por suas características e semelhanças, com a Chardonnay, mas hoje a dúvida já não existe.

A pátria dos melhores vinhos desta casta é, sem sombra de duvidas, a Alsácia.


Nesta região francesa é produzido o ótimo "Gros Pinot Blanc".

A Pinot Blanc é cultivada em todos os continentes com resultados não mais que razoáveis.

Razoáveis até quando começará a ser vinificada pelo Dani-dos-mil-nomes, agora em seu "new Look" PAVÂO-BMW-320! .
 

Nosso PAVÃO-BMW-320i conseguirá, certamente, produzir o "Piúlia" (Pinot-Fúvia) bem superior ao "Gros Pinot Blanc" alsaciano (risos, risos, risos, risos..... Parem, por favor)

Os Pinot Blanc italianos nunca me entusiasmaram, mas, como salientei no começo da matéria, a promoção da "Esselunga" me seduziu e comprei algumas garrafas por 12,50 Euros.

Dinheiro bem gasto.

O Pinot Bianco da Schiopetto, de rara elegância tanto no nariz quanto na boca, revela muito frescor, boa acidez e uma razoável estrutura.

O Pinot Bianco da Schiopetto é um perigo..... Impossível parar na primeira taça.

 
Fácil de beber como aperitivo, acompanha, maravilhosamente,  peixes finos e delicados.

Com o consentimento do proprietário do ótimo restaurante "L'Approdo" , de Santa Margherita, levei minha última garrafa de Pinot Bianco da Schiopetto para acompanhar o melhor prato da casa (um dos melhores já provados): Linguado à Belle Meunière.

 
Grande vinho, ótimo peixe.

Pinot Bianco Schiopetto: recomendo com entusiasmo

Há momentos em que a vida não é uma merda....

Bacco

 

3 comentários:

  1. Gosto muito dos vinhos de Schiopetto. E dos alsacianos, nem se fala. Fico me perguntando: Por que tanta gente insiste em Chardonnay californiano e outros tantos brancos pesadões do novo mundo, quando se tem Alsácia, Friuli, Loire?
    []s,
    Charles

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    Respostas
    1. nao acho que tanta gente insiste. a producao de california e os tais pesadoes supera em muito alsacia, friuli, loire. e as mega empresas por tras dos pesadoes tem muito mais poder de exportacao, marketing, pressao, etc etc que os brancos mais delicados, caros e raros. imagino quanta coisa boa jamais tomaremos porque nunca saem de onde sao produzidos.

      melhor para nos que muita gente toma pesadoes. ou voce queria que todo mundo tivesse bom gosto e bom bolso? vamos torcer para a china produzir muito vinho e vender tudo por la mesmo.

      sds.

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    2. Perfeito, JR! Concordo em tudo. E torço para que os caras continuem com os pesadões e não encontrem os outros. Imagina quando os chineses se derem conta da qualidade e preços (quase sempre justos) dos vinhos do Loire, Friuli, Alsácia, Oregon? Estaremos ferrados. Espero que continuem apenas amando (e inflacionando ainda mais) os Bordeaux.

      Sds

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