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terça-feira, 10 de julho de 2018

JÓIAS RARAS FINAL


 
 
 

Apesar do otimismo e do esforço de Arrebola e seus seguidores, para promover o vinho e seu consumo, o panorama vinícola do Brasil continua uma piada.
 
 

A piada começa na própria America do Sul onde somente a Bolívia bebe menos vinho do que o Brasil.
 
 
 A piada continua quando verificamos que até as taças paraguaias são muito mais abundantes do que as brasileiras.

Onde está o erro?

Qual o problema?

O que fazer?

O coro dos produtores é uníssono em apontar os "culpados": O governo e os altos impostos.
 

Pode até ser verdade, mas nossos produtores de quase-vinho, quando defendem a redução dos altos impostos, como forma de aumentar o ridículo consumo de vinho no Brasil, esquecem, ou melhor, omitem algumas informações.

O vinho é taxado em 55% até chegar ao consumidor?

Sim!

Mas o pobre consumidor, também, não paga 56% para tomar cerveja e 82% para encher a cara com cachaça?
 

Sim!

Como explicar, então, a enorme diferença entre o consumo de vinho (1,7 litro/ano per capita), o da cachaça (11 litros/ano) e o da cerveja (61 litros/ano)?

Não sei qual a justificativa encontrada pelos dos defensores do vinho nacional, mas certamente não será a o de sua baixa qualidade e do preço irreal.

Minha opinião: enquanto produzirem 80% de vinho com uvas "americanas", cobrarem preço insultuosos, insistirem na propaganda fajuta e a lenga-lenga de sempre, o vinho no Brasil será consumido apenas por uma ínfima fatia da sociedade e a grande massa da população continuará bebendo cerveja e cachaça apesar dos, também, altos impostos.
 

Enquanto nossos sommeliers, que por sinal somente ministram cursos com vinhos importados (porque será?), formadores de opinião, críticos, revistas, blogueiros etc. encherem a bola de vinhos ridículos o panorama continuará negro.

Das "31 jóias raras e caras", apontadas por Guilherme Rodrigues, não há nenhuma que deixe de estuprar o bolso do enófilo nacional.
 

Uma última observação: Na matéria anterior afirmei que apenas possuidores de paladar de epóxi poderiam considerar os vinhos tormentosos, do "pavonesco" Dani-dos-mil-nomes, como excelentes.

Não é possível, então, que o coro seja uníssono e que todos os elogiem.

Qual o segredo?

Ode está o pulo do gatuno?
 
 

Simples..... Nas garrafas degustadas pelos críticos o vinho não é aquele das garrafas comuns, as garrafas que chegam ao consumidor.

Bebi todos os vinhos do pavão e nenhum ultrapassou a soleira da mediocridade.

Os vinhos foram comprados anonimamente e nas garrafas havia a realidade do "Atelier Tormentas".

Nas garrafas endereçadas aos críticos, divulgadores, imprensa, etc., certamente  a realidade não é a mesma e fala com sotaque francês.

Enquanto isso o nosso pavão, com seu new-look , agora na versão BMW, nos enche de ternura
 

Dionísio

2 comentários:

  1. E aí, vale a pena?

    Collina San Ponzio Barolo 2012, por um valor estupendo: apenas R$179,90 cada garrafa na caixa com 6 ou R$199,90 a unidade.
    O vinho nasceu nas colinas de La Morra, comuna no norte da Barolo DOCG, em Piemonte.

    Ali, a família de Pietro Balocco, fundador da propriedade, cultiva Nebbiolo há mais de 100 anos.

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  2. Se vc lembrar que uma garrafa de "Bueno La Valletta" custas R$ 230, o San Ponzio está de graça.

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