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sexta-feira, 9 de junho de 2017

CARO ADOLFO LONA


 


Adolfo Lona, semana passada, em sua página no Facebook, analisou, com muita propriedade, alguns problemas da viticultura brasileira.
 
 
 

Concordei com a maior parte, do que Lona escreveu, mas não totalmente.


Lona acredita que a grande culpa, pelo risível consumo de vinho no Brasil, deve ser atribuída aos altos preços "vitaminados" pela excessiva tributação.

 
 Eu concordo que o governo é um predador insaciável, mas boa parcela da culpa deve, também, ser atribuída à ganância dos produtores.

 Discordei e escrevi o seguinte comentário.

"Adolfo, é verdade, mas apenas uma parte dela. Os industriais nacionais mais importantes e maiores há anos se preocupam muito mais com lucro do que qualidade e melhoria do produto. Pagam uma miséria aos produtores de uva e descem a lenha nos preços. Se preocupam com salvaguardas, protecionismo etc. e continuam produzindo aquela merda de vinho proveniente de uvas americanas. Não se conseguirá atrair novos consumidores enquanto o vinho for produzido visando apenas consumidor de bom poder aquisitivo. É uma vergonha que se coloque no mercado garrafas de vinho nacional de R$ 150/250 e de até 475 . O consumidor não é burro , já percebeu que se bebe medianamente melhor e mais em conta comprando etiquetas estrangeiras. O que resta fazer?°Você mostra o caminho , dá a dica ,mas , creia, vai continuar tudo na mesma: Uma garrafa de vinho Canção suave custando , no Brasil mais do que uma garrafa de Dolcetto , na Itália".

Inúmeros comentários, sugestões, opiniões diferentes.

  Uma delas, por sua total alienação, chamou minha atenção:

"Em 2008 Fiz uma palestra no Ibravin e mencionei isto , ja a dez anos atras Mestre Adolfo...e coisa segue igual...para mim mostra mais uma vez a falta de Patriotismo e obvio falta de consideracao do governo estupido taxando nosso Vinho o que torna mais caro nas prateleiras...eu sugeri um boicote total aos importados...obvio o preco atrativo fala mais alto e o pior muitos ainda acham que nosso vinho precisa de mais qualidade...aqui o Californiano ainda detem 70% do mercado disparado tudo ajuda Patriotismo,em primeiro lugar!Grande abraco, bom o teu comentario"

 


Incrível!

 "Patriotismo" e vinho, na cabeça de muitos, andam juntos.

No passado, os militares, incentivaram o mesmo "patriotismo" em vários segmentos da economia e, sempre que o "patriotismo" falou mais alto, o atraso se fez presente.

Acreditar que ao consumirmos vinho, "Canção", "Chalise", "Cantina da Serra", Miolo, Salton, Aurora etc., agimos patrioticamente, é a vitória da imbecilidade.

Miolo, Salton, Lidio Carraro, Aurora, Valduga e outros, não estão interessados em produzir qualidade, com preços competitivos, estão interessados, apenas, em faturar, faturar, faturar e nos ferrar.
 

Acreditar, por exemplo, que a Salton, que produz, entre outras merdas, o quase-vinho "Chalise", se preocupa com qualidade é acreditar na pureza, seriedade e probidade de........ (escolha um político de sua preferência).

Acreditar que, ao comprar "Maria Valduga", "Lote 43", "Luiz Valduga", "Singular Nebbiolo" e outros vinhos nacionais, todos custando mais de R$ 300, o patriotismo verde amarelo invadirá nosso corações, é ganhar um passaporte para a eno-idiotice total.
 

Caro Adolfo, o governo é ganancioso, os impostos brecam o setor vinícola (e outros), mas os produtores nacionais são piores e ainda mais gananciosos que o pessoal de Brasília.

Algumas considerações: Há, no mercado, etiquetas francesas, italianas, portuguesas, espanhola etc. caras, caríssimas, mas, para conseguir alcançar valores significativos para suas garrafas, os produtores elencados demoraram décadas, às vezes séculos.

Além de boa dose de marketing foi preciso vinificar com maestria as uvas colhidas em parreirais cultivados em terrenos e micro climas únicos, excepcionais.
 

Não nasce uma etiqueta Romanée-Conti, Gaja, Coche Dury ou Dom Pérignon Oenothèque toda semana....

No Brasil, sim.

No Brasil, a cada semana, aparece um gaiato que, ao perceber a presença de um exército eno-idiotas no mercado vinícola, aproveita para surfar na onda dos Carraro, Valduga, Miolo, Pizzato, Pericó, Tormentas, Don Laurindo, Geisse e Cia. e lança sua "obra prima", invariavelmente, cara e dispensável.

Está sentado, tranquilo?

 Nenhuma nova operação da "Lava Jato" revoltou seu estomago durante o café da manhã?

Ótimo!

Então posso informar que o Marcelo de Souza, médico da Polícia Militar, que resolveu cultivar vinhas em Cocalzinho (Go) e em 2010 lançou seu primeiro vinho, já em 2017 brinda o mercado com uma nova etiqueta: "Seleção Pessoal"
 

O "Seleção Pessoal", um Tempranilo 2014, com nada menos do que 14,9º de álcool, custa modestos R$ 450,00.

Para justificar os R$ 450,00 nosso capitão médico descreve sua "obra prima, assim:

 "A busca incessante pela qualidade quando combinada com as condições climáticas ideais gera como resultado a expressão da excelência. Este vinho 100% Tempranillo é um exemplo marcante do flerte com a grandeza, revelado pelo "terroir da Serra dos Pireneus". De Goiás para o mundo revelamos a Coleção Pessoal Marcelo de Souza, ícone de qualidade em vinhos brasileiros".

O mundo vinícola já pode dormir tranquilo: O otorrino, Marcelo de Souza, finalmente, libera sua obra, gestada e parida na Serra dos Pireneus, em Cocalzinho, que poderá encantar os paladares de todos os patriotas que pagarem R$ 450.
 

Eu, que de patriotismo não entendo nada, continuarei bebendo Barolo do Alessandria, que Bacco me traz na mala, por 30 Euros.

Adolfo Lona, um abraço e continue sua quixotesca luta, mas não acredito que possa vencer; os tentáculos das indústrias, que dominam o mercado, são fortes. 
 
Dionísio.

26 comentários:

  1. Emerson Ramos Cassiano9 de junho de 2017 às 06:32

    Olá Dionísio, têm pouco tempo que leio seu blog, de vinho bebo têm uns 15 anos, ainda engatinhando, mas não precisei de 15 anos para entender um pouco sobre a ganância dos nossos impolutos produtores, que vão à merda com suas merdas, vou de Catenas, Barolos, Brunellos da vida e outros mais, sabe-se lá o que é patriotismo, concordo contigo, patriotismo é a via expressa para o atraso, no mais um abraço e bons goles a todos nós.

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  2. Emerson, obrigado pelas palavras. Ler que há mais um que pensa como nós é gratificante. Nossa "cruzada" continuará até que os picaretas do vinho nacional parem de nos ferrar

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  3. 450 reais numa garrafa de vinho?! Oxe! Não pagaria isso nem por assistir uma palestra do meu amado Presidente de Lula, guerreiro do povo brasileiro.

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    1. Realmente uma palestra do Lula não vale R$ 450,00 mesmo. Aliás não vale nada, uma palestra deste ladrão. Já o vinho vale pois representa uma quebra de paradigma de que o cerrado brasileiro produz qualidade em garrafas.

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  4. Dionísio, creio que o maior problema ainda seja a falta de concorrência, agravada pelo protecionismo que o nosso governo adora impor. Vinhos europeus de qualidade chegando a preços competitivos iriam dar tapas de realidade nos produtores brasileiros. Acredito que isso poderia até, quem sabe, aumentar a qualidade dos produtos nacionais.

    Outro ponto importante também é a tara do brasileiro em status e produtos "premium". Aqui se compra corolla a 120 mil reais, porque não um Marcelo de Souza a 450?

    Ganância é completamente natural ao ser humano. O melhor seria não impedi-la, mas sim diminuir seus efeitos nocivos através de meios como a concorrência.

    Por fim, o brasil é o exemplo que protecionismo é algo prejudicial: aplica há decadas e, mesmo assim, continua, no geral, fabricando porcarias nacionais.

    Abraços

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    1. Algumas ponderações; O Corolla custa 100 mil ( na Europa 26 mil Euros). O Marcelo de Souza aprendeu viticultura através do Google e já acredita que é um produtor de Grand Cru. É dose.....

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  5. Caro Dionísio, concordo com você que a carga tributária de quase 60% numa garrafa de vinho não é o único problema, mas ajuda a distorcer os preços finais. Concordo também que há abusos mas não posso concordar que todo vinho brasileiro tem preço irreal. Irreal também é imaginar que a faixa ideal de preços para o consumidor brasileiro "normal", seja de u$ 30,00. O grande volume é de vinhos nas faixas de 5 a 15,00 dólares e aí Brunellos, Barolos e Catenas são objetos de desejo. Ando neste Brasil ouvindo consumidores a respeito de meus espumantes e dos vinhos brasileiros e a frase "o vinho brasileiro quando é bom, é caro" é a mais ouvida. O pior que não é verdade, o vinho brasileiro quando é caro não sempre é bom, e o vinho bom não sempre é caro. O grande problema é que nosso consumidor ainda está em formação e sua evolução é lenta e demorada. Por falta de hábito, por falta de cultura, por falta de dinheiro e muitas vezes pelo exceso dele. Este tema, meu caro Dionísio, é interminável, conte comigo para continuar debatendo. Grande abraço

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    1. Oi Lona, acompanho com apreço seu trabalho!
      É claro que os impostos escorchantes são fator importante na realidade vinícola nacional. Mas vou discordar de você e fazer coro com os que estão a dizer "vinho brasileiro é caro"! Existe vinho brasileiro de qualidade (muita) mas o preço é descolado da realidade, não consegue competir com chilenos, argentinos, portugueses e etc. Considero os espumantes nacionais uma exceção à isso, pois ainda conseguem competir com os importados até na faixa de 100 reais. Digo ainda, pois minha percepção de consumidor é que os espumantes brasileiros vem subindo de preço recorrentemente, mais do que os importados.

      No mais, deixo um abraço ao senhor!!
      Sucesso sempre.

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    2. Caro Adolfo, o seu axioma é Perfeito : "o vinho brasileiro quando é caro não sempre é bom, e o vinho bom não sempre é caro" . Apesar de todos os impostos é sempre bom lembrar que é muito mais caro produzir em Champagne do que no Rio Grande do Sul. O que eu defendo que jamais haverá consumo de vinho no Brasil até que se consiga colocar no mercado produtos com preços condizentes com o poder aquisitivo dos brasileiros. O que ocorre é exatamente o contrário: se busca atingir , sempre , a classe média e alta (o lucro é maior) e as classes menos favorecidas bebem aquelas merdas de xaropes produzidos com uvas americanas. Quer um bom exemplo? O Prosecco é uma bosta, mas custa 4/6 Euros e vende 400 milhões de garrafas. Um vinho Chalise custa o mesmo preço de um Prosecco. Você é um produtor , então pergunto: Custa mais produzir um Prosecco ou um Chalise?

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    3. E ai Di. Creio que voce abordou um ponto importante. O perfil socio-economico do consumidor e como consequencia a carteira do cara. Se voce fosse produtor de vinho brasileiro o que acha que aconteceria se produzisse bons vinhos a bons precos? Eu acredito pelo que tenho visto por ai que voce quebraria a empresa rapidinho. Por que?

      Porque bom gosto nao tem vez nas classes mais baixas (os caras gostam de vinho suave com uva americana e ponto final. Meu avo foi assim, meus tios sao assim). Gente do interior e da periferia toma garrafao. Ou entao moscatel...Ja rodei o pais todo, em todo lugar via sempre o mesmo perfil dominante. Eu ja vi gente sendo massacrada em churrasco tentando ensinar harmonizar cerveja com carne.

      E em relacao a turma abonada (wowwww), os caras querem rotulo, querem pagar pela marca. Sao proporcionalmente poucas pessoas que buscam se aprimorar, aprender, errar e acertar ate nao serem mais passadas para tras. Houve pequena melhora no gosto quando sairam do pais e tiveram um pequeno banho de sabedoria e civilizacao. Mas ainda assim sao poucas as pessoas que buscam o aprimoramento. A maioria tem problemas demais na vida e estao cansados para kct de tudo...quando viajam querem tomar alamos e don peor. So aprendem que os precos sao muito diferentes, mas nunca vao atras de vinicolas pequenas e boas, de boas lojas de vinhos.


      Troque vinho por banco, carro, roupa, medicamentos, aparelhos eletronicos, comida... e a doenca he a mesma por parte de quem produz, de quem vende e de quem compra.

      Semanalmente eu brigo na empresa porque quero que vendam a precos menores para mais pessoas. O poder do fluxo de caixa constante e do giro para mais clientes he impressionantemente maior que vender menos por muito mais. Nao tem jeito. Nao querem, nao aprendem.

      Brasil continuara sempre sendo um pais de gente com mau gosto, ignorante sem disposicao para aprender (algo que denota humildade e forca de vontade).

      Em relacao a vinho nacional: Se quando alguem acha algo bom, compra e experimenta. Mas vinho nacional deveria merecer 1% da nossa atencao. Nao entendo a bandeira patriotica levantada na questao por parte de quem nao tem interesse financeiro. Assim como asnos que defendem cinema nacional no feicebuque...ou jequiti ao inves de loreal... gado de tocantins ao inves de gado uruguayo... vao se ferrar.


      Nem queria falar mais nisso...mas o post mereceu.

      Auguri, bastardi.

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    4. Grande Roedor, quase tudo certo, mas a "condenação" à burrice eterna é injusta. Os caras gostam de vinho suave pq não há outro "barato" para comprar. Se fosse proibido vinificar com uvas americanas, como acontece na Europa, seus tios melhorariam o repertório. Houve uma tremenda piora cultural no Brasil: Nunca existiram , quantitativamente, tantos imbecis como agora e a tendência é piorar. Um capitão da PM que vende vinho de R$ 450 ,também, é a prova de nossa imbecilidade galopante . Bons queijos para vc.

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  6. Caro Dionísio,
    Concordo em gênero, número e grau! Agradeço pela honestidade de suas críticas, e tenho certeza que se os quase críticos de vinho brasileiros tivessem a mesma postura a situação seria bem melhor.
    No entanto acho que só criticar não é suficiente. Com certeza há produtores Brasileiros que fogem a regra e produzem vinhos bons a preços honestos. Portanto, a divulgação de tais vinhos e o incentivo a seu consumo é fundamental para a melhora do cenário viticultor nacional.

    Abs,
    JP

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    1. Concordo com você, JP. O próprio Adolfo Lona, cujos espumantes são excelentes, é um bom exemplo. Os vinhos brasileiros que mais gosto não têm altos preços. Aliás, são bem justos. Os caros, são geralmente produtos de marketing e nunca podem competir com portugueses e espanhóis na mesma faixa (só como exemplo).
      Sds

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    2. Ok, Jp. Elenque 12 vinhos com preços honestos e qualidade honesta. Vou provar e divulgar, más se vierem com preços mais elevados do que portugueses, espanhóis, chilenos etc. , nem vou dar bola

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  7. Boicoto totalmente os nacionais. Acabei de de chegar de Portugal, aí você fica revoltado com os preços. Só um exemplo que trouxe: melhor juntar dinheiro e viajar para o exterior


    Vinho Quinta de Chocapalha em Euros 7.85
    https://www.garrafeiranacional.com/2011-quinta-de-chocapalha-tinto.html

    Mesmo vinho no Brasil
    Vinho Quinta de Chocapalha - R$ 79,00
    http://www.adegabartolomeu.com.br/quinta-de-chocapalha





    Vinho Quinta de Chocapalha - R$ 79,00

    Vinho Quinta de Chocapalha em Euros 7.85
    https://www.garrafeiranacional.com/2011-quinta-de-chocapalha-tinto.html

    Vinho Quinta de Chocapalha - R$ 79,00

    http://www.adegabartolomeu.com.br/quinta-de-chocapalha

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  8. Vinhos nacionais de qualidade e preço honestos, além dos Adolfo Lona, me recordo agora do Villa Bari e Estrelas do Brasil (que subiu um pouco o preço).
    Abraços,
    Márcio








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  9. A Zorzal vende o Terroir Unico por 100 pesos. Ė o mesmo preço para toda a linha. A Gran Cru vende por módicos 79,00 reais o que custa menos de 22,00 reais na Argentina. Como a enóloga comentou, eles vendem por 5 vezes mais do que pagam por garrafa.

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  10. http://www.istoedinheiro.com.br/artesanal-e-legal/

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  11. "vinhos naturais" é mais um modismo que está quase desaparecendo. No Brasil, como sempre, está começando. O cartaz atual traz bundas melhores do que o primeiro. As bundas sugerem que os "naturebas" são vinhos de merda?

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  12. Prezado Sr. Dioníso,

    Acredito que é a segunda vez que o sr. faz comentários sobre a vinícola Pireneus vinhos e vinhedos. Como leitor de seu blog, gostaria de saber se o sr. já conheceu algum dos vinhos produzidos pela vinícola?

    Ademais, não consegui encontrar em seu blog alguma referência da sua qualificação pessoal para comentar sobre o assunto vinho...

    Só para lembrar, falar sobre qualquer coisa é fácil, em qualquer tipo de lousa. Por um outro lado fazer, demanda muito conhecimento e além disso, trabalho e respeito, que deveria existir em qualquer situação da vida...

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  13. Caro Marcelo, como posso respeitar quem não me respeita? Se você produz um vinho medíocre e tenta me convencer que devo pagar um preço , maior do que um francês paga pelo Corton Grand Cru, está insultando minha inteligência. Marcelo pare de mentir...você não lê o blog caso contrário não levaria 4 meses para escrever seu comentário. Você produz o vinho, cobra o preço que acha justo e eu, como consumidor , acho justo classificar seu produto uma tremenda e cara bosta. Quando o blogueiro elogia seus vinhos tenho certeza que você não procura sua qualificação para comentar. No presente caso , todavia, sua preocupação é imediata. Provei todos seus vinhos e não consegui beber uma segunda taça.

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    1. Toda vez que me bate aquela tristeza, eu entro nessa pagina e leio. A tristeza vai embora imediatamente. Eu amo essa matéria/texto. É o retrato real da realidade Vitivinícola Brasileira. Eu aplaudo toda vez que leio e releio.

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  14. Tenho lido novamente algumas matérias para me distrair um pouco e esse comentário perdido do João Ratão é a mais pura verdade. A imensa maioria das pessoas simplesmente não querem aprender, e não vão aprender nunca. Para isto é preciso humildade e esforço, como ele salientou. Eu cheguei a está conclusão últimos anos. Pessoas que bebem vinho há dois ou três anos e acham que já sabem tudo. Gastam fortunas em vinhos de guarda e os tomam de imediato. Compram vinhos argentinos e chilenos por centenas de reais, e os tomam como Coca cola.

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  15. Dionísio nada sabe de vinhos e põe palavras vulgares nos comentários para se popularizar. Produzir vinhos no Brasil por motivos climáticos é três vezes mais caro do que no Chile e na Argentina, mas essa é uma discussão para quem conhece os processos de produção.
    Guillermo César Gómez jornalista en catadelvino.com

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    1. Guillermo, você tem razão...produzir Sangue de Boi, Pérgola, Country Wine etc. que representam 75% da produção nacional é carissimo. Guillermo você deve ser mais um quase-jornalista de quase-vinhos

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