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segunda-feira, 17 de outubro de 2016

A ESBÓRNIA



O almoço foi longo e a quantidade de vinhos excessiva.

Gianni Cauda, chef do "Dai Bercau", em dia de rara inspiração, resolveu, nos brindar com um prato único realizado com cogumelos fresco: "Fungo con Uovo", "Funghi Trifolati" e "Funghi Fritti" todos com uma salsa deliciosa elaborada, especialmente, para a ocasião.

Gian Alessandria, para regar os cogumelos, escolheu uma garrafa de Verduno Pelaverga da vinícola Burlotto de propriedade de seu irmão, Giuseppe.

O almoço corria tranquilo, normal, sem sobressaltos e o papo era agradável.
 

Dia de pouco movimento, coisa rara no "Dai Bercau", permitiu que Gianni esquecesse as panelas e sentasse conosco.

O Verduno Pelaverga havia evaporado.
 

Massimo Bergamin, sócio de Gianni, que não gosta de copos vazios, chegou à mesa com três garrafas de Barolo do Alessandria: Uma de "Monvigliero", outra de "Gramolere" e a última de "San Lorenzo", todas de 2012.
 

As garrafas, abertas para uma degustação, na noite anterior, para um grupo de clientes, da vinícola "Fratelli Alessandria", estavam pela metade.
 

Os extraordinários Barolo elevaram os decibéis das conversas, das risadas e esquentaram corações e bochechas.
 

Não sei como , quando , nem por que, teve início o mais louco desafio vinícola que já participei.

O que restava dos Barolo do Gian, rapidamente evaporou.
 

Massimo foi até a adega do restaurante e voltou com uma garrafa de Barolo "Sotto il Castello di Novello" da Vinícola Giacomo Grimaldi.

Bom vinho, mas não "suportou" o confronto com os do Alessandria.
 

Gianni, já alegre, resolveu revisitar a adega e voltou com uma garrafa de "Composition Reif" da vinícola "Maso Unterganzner Josephus Mayr"

Vinho do Alto Adige produzido com Cabernet Sauvignon, Lagrein e Petit Verdot.
 

Não entendi se o álcool anuviara o cérebro do Gianni ou se ele queria se aproveitar da ocasião para se desfazer daquela garrafa.

  O que sei: foi o pior vinho do almoço.

Escuro, impenetrável, parecendo tinta de caneta Parker 51, quase mastigável...... não entendo como uma porcaria como aquela  possa ter custado quase 50 Euros.
 

Resultado: ninguém conseguiu beber meia taça daquela......

Tentando recuperar a confiança dos convivas, Massimo retornou à adega e voltou triunfante, com uma garrafa de Barolo Riserva 2004 de Enzo Boglietti que infelizmente apresentou problemas: Totalmente morto.

Quando acreditava em uma trégua alcoólica, Gianni correu e voltou com uma garrafa de Barbaresco "Gaiun Martinenga" 2010 da Marchesi di Gresy.

Grande vinho, grande personalidade, grande elegância, mas, sempre há o "mas", eu ainda prefiro o "Martinenga base" da vinícola.
 

A barrique "arredonda", desnecessariamente, o "Gaiun Martinenga".

Gian Alessandria olhou para o relógio (já passava das 16...) e sentenciou "Preciso fazer caminhada. Vou procurar trufas, você vem?".
 
Eu, que precisava caminhar, mais do que o Gian.......fui.

Na próxima matéria, eu conto.

Bacco

18 comentários:

  1. Bacco, para quem passou um tempinho sem beber, aqui no DF, até que você está bem em forma para encarar um desafio desses... e parece que as garrafas do Alessandria estavam como você gosta, sem aquela estranheza de que você reclamou ao filho dele em uma garrafa passada. ótimo!

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  2. Toda abstinência será castigada.....Castiguei sem dó

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  3. Bacco, impressionante como seu blog voltou à marginalidade depois das nossas discussões. Cansou de entrar "como você mesmo" e, anonimamente, tecer críticas tolas e sem nexo contra o que eu escrevia? Volte à forma, velho Bacco, porque estou aqui novamente.

    Aproveito para levantar aquele ponto que ficou parado lá atrás: acerca de você ter bebido vários AIAs. Mas recapitulemos sua epopeia desta postagem, antes.

    Abriram um Pelaverga, que "evaporou". Parece que rapidamente. Vocês devem ter curtido horrores a evolução dele, não é mesmo? Não conheço, mas um bom vinho sempre evolui... se houver tempo. Mas se vc chama uns aspiradores para beber às goladas, bom... fica até difícil falar que o bom vinho era bom mesmo, porque sequer evoluiu... a menos, claro, que ninguém se importe com isso.

    Depois vieram 3 Barolos, de uma só vez, que ESTAVAM ABERTOS DESDE A NOITE ANTERIOR. Pôxa, que inveja. Parabéns, deviam estar ótimos. Afinal, esses sim, evoluíram. Depois veio um Sotto il Castello di Novello, que "não suportou" o confronto com os 3 Barolos já evoluídos. Ah, vá!? Bacão, por que será que "não suportou" o confronto? Será que foi porque vcs o usaram como roto-rooter de garganta e ele sequer tempo de piar? Evoluir, desabrochar, então...

    Depois de algumas apostas infelizes, ainda veio MAIS UM BARBARESCO? Que vcs abriram e beberam como se o mundo fosse acabar no instante seguinte? A, Bacão... eu que sou eu, que só bebo Casillero, sei que um Barbaresco razoável - de razoável para baixo, aliás - já precisa de umas 3 horinhas de "descanso", aberto, antes da degustação. Você tiram a folha e enfiam? Ah ah ah... enfiam, mesmo...

    Assim, conte-nos: foi dessa maneira que vc provou os AIAs, diversas vezes? Vinhos que qualquer tolo sabe que precisam aerar por 5 a 8 horas para um bom serviço?

    Bacão, você precisa se reciclar, meu caro. Sabe, você que gosta de filmes (anda citando alguns no blog, ultimamente), é como aquele do Stallone, quando ele vai treinar nos cafundós da Sibéria para enfrentar o russão malvado. É isso: voltar às origens, Bacão. Tá precisando. Visite o Ateliê Tormentas. Visite o Bettú. Comece de novo. Restart. Reload. Rearm. Quem sabe você para de escrever besteiras quando resolve opinar sobre algo. Quando narra, você "manda bem". Mas suas opiniões são uma lástima, mesmo.

    Enoabraços
    d´OEnochato

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    1. Sabe, Carlos , vc é um gênio que precisa ser conhecido e reconhecido pelo mundo vinícola. Vc deve urgentemente vir até Verduno e ensinar o produtor do Verduno Pelaverga como se deve beber o vinho que ele vinifica. O Gian Alessandria está lhe aguardando ansioso. 5/8 horas para beber um AIA ? Quer dizer que eu ligo para o dono do restaurante às 5 da mattina e peço para abrir uma garrafa para o meu almoço às 13 horas? Bem pensado, genial, inovador! O proprietário do restaurante vais se lembrar de mim para sempre. Vc está perdendo seu tempo em Minas a Itália lhe espera....este italianos não sabem beber. Vamos pegar aquelas taças enormes ,que aeram em minutos , quebrá-las e deixar o vinho respirar 5-6-7-8 horas . Palmas para o grande Carlos

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  4. Bacco no minimo acabou o estoque de Cassilero la no COGEB SUPERMERCADOS ou no loja especializada JHS VINHOS E SUCOS.....ambos em São Carlos, cidade do enotontocaixaalta.....

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  5. O cara é um gênio....merece ser compreendido . vou contratar um veterinário

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  6. Certo, Bacco, continue a beber os vinhos abrindo-os e virando-os na garganta, utilizando suas Taças Super Poderosas que aream em segundos qualquer vinho. Nesse meio tempo você vai dizendo que o vinho "A", recém aberto, não "suporta" o bom combate quando comparado com o vinho "B", aberto no dia anterior. A assim você desfila seu conhecimento sobre vinhos para quem te compra. Giuseppe Albertino, vinificador de Barolo, recomendou-me duas a quatro horas para um Barolo com mais de 10 anos (http://oenochato.blogspot.com.br/2012/05/o-wine-tour-da-interfood-segunda-parte.html). Acho que ele entende mais do que você.

    Se você achar que precisa acordar o dono do restaurante de madrugada, é porque isso está no limite da sua inteligência. Por simples constatação da sua própria postagem, acerca dos Barolos que duraram bem de um dia para outro, poderia abrir seu AIA na noite anterior... sinal de que um veterinário precisa mesmo ser contratado. E nem precisamos descobrir para quem. O duro será encontrar um que esteja apto da fazer trepanação.

    Palmadas para o Bacco.

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  7. Carlos, como sempre lúcido em seus comentários. Grande filosofo das garrafas

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  8. Sim, obrigado, sempre tento ser lúcido nos comentários. Lucidez que falta-lhe, infelizmente.

    Vejamos: meu comentário sobre o Pelaverga não faz menção ao serviço, e sim ao fato de vocês acabarem com ele em pouco mais de um milissegundo. Mas o que você faz é sugerir que eu vá ensinar ao produtor como se bebe o vinho dele, como se eu tivesse questionado o serviço. Seu comentário é totalmente fora do contexto. Você não sabe interpretar o que lê. Ou distorce de propósito, o que é mera falha de caráter, situação que já não descarto como fazia antes.

    O que questionei foi, sim, o serviço de um Barbaresco e depois de um Barolo que foram abertos e emborcados no instante seguinte. Claro, você usou as Taças Super Poderosas e resolveu a questão... na sua cabeça, somente. E antes desses, um Composition Reif foi para o abate sem piedade, quando a devida aeração poderia ter feito a diferença. Vejamos:

    "Über 4 Stunden dekantiert, zeigt der Reif dann auch am Gaumen seine ganze Kraft"!
    "About four hours decanted, the hoop is then on the palate all his strength"
    Fonte: http://www.dasweinforum.de/viewtopic.php?f=45&t=959#p25376

    Você termina errando novamente, e de maneira bisonha. Não sou um filósofo das garrafas. Sou um prático!
    Enoabraço,
    d´Oenochato

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  9. Meu Deus! O cara voltou com tudo. E agora quer determinar como os outros devem beber os vinhos que compram com seu próprio dinheiro.

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  10. Bacco, pare de responder como anônimo que se faz de analfabeto e distorce o que comentei. Quase ninguém comenta no seu blog, basta ver o histórico de postagens. É você mesmo se passando por anônimo, já deu mais do que na cara; assim que eu comento, pululam "debatedores" anônimos.

    E é claro que não determino nada, uma vez que jamais sugeri coisa alguma nesse sentido. Só aponto erros bisonhos no consumo e nos comentários, e basta. Já que não se consegue um contra-argumento nesta matéria, deixemos novos argumentos para as próximas oportunidades.

    Bacco, comece lavando bem suas Taças Super Poderosas. E não derrame Casillero nelas. Tente o Faces. Se você não entender do vinho, estará certo: vc não sabe nada, mesmo.

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    1. Carlos, além de tolo é pretensioso. Não conhece nenhum vinho descrito na matéria é limitado no conhecimento e apenas tenta demonstrar cultura vinícola que não possui . O Pelaverga é um vinho fresco , que deve ser bebido bem jovem para que se possa apreciar o intenso aroma e o sabor de especiarias características da casta. A garrafa , em questão e da safra 2015 e não precisa de evolução e não evolui . Quem precisa evoluir e você, mas duvido que possa.O almoço se prolongou por mais de 4 horas e ninguém botou vinho goela abaixo. Carlos , pare de tentar ser alguém que entende de vinhos , você não tem bala para beber nenhuma garrafa decente e jamais conseguirá ir além da mediocridade. Volte para seu reduto e tome mais um gole de Casillero. Mais uma coisa : eu não posto "anônimo" , eu não sou anônimo

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    2. Bacco, um vinho de 15 Euros/22 Dólares que não evolui tem outro nome: não-vinho. Também pode atender por este: MERDA. Ou (aposto mais), o bebedor é um frango-atirador (sic!) que não sabe o que fala. Será que você confundiu a evolução do vinho ao longo de minutos/horas depois de aberto com a necessidade de evolução na garrafa ao longo dos anos? Confusão juvenil, visto que falamos de um vinho já aberto e que "evaporou" enquanto o coitado do sujeito foi dar uma cagada - ou mexer nas panelas, tanto faz.

      Os não-argumentos que Bacco comete sobre meus parcos conhecimentos sobre vinhos não desmentem uma linha do que escrevi. Bacco, esqueça o veterinário com trepanação. Para isso, você precisaria ter cérebero.

      A pérola máxima: Bacco não é "anônimo"... AH AH AH.

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  11. Desisto....é muita imbecilidade em um só ser.

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    1. Mas você já desistiu 300 vezes...
      Se ao menos tivesse dado um único argumento, eu entenderia. Juro, tenho me esforçado para encontrar algum ARGUMENTO no seu discurso. O máximo que consigo é achar engraçadamente ridículo como você gosta de "proclamar" as coisas, achando que isso basta. Não foi assim que eu aprendi na escola. Bacco, você foi à escola? Qual?

      Quer ver como "proclamar" uma coisa não funciona? Proclame, com todo vosso poder e sapiência, O Deus do Vinho, a tão desejada Paz no Oriente Médio. Vejamos se dá certo. Enquanto isso vou continuar rindo de você, pobre Baquinho.

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    2. Eu sou um dos "anônimos" contratados pelo B&B para defendê-los. Somos pagos com caixas e mais caixas de Casillero. Eu, e todos os outros anônimos, todos os vereadores de nossa cidade, todos os deputados estaduais e federais, todos os "serumaninhos", não aguentamos mais o tal do Carlos. Temos que dar um troféu para o Bacco por suportar tamanha encheção de saco.

      Bacco, não adianta mais discutir com o rei do casillero. Ele se acha sempre certo.

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    3. Ah, ah, ah. Bacco novamente concordando alegremente com aqueles que se submetem ao que ele deseja, que é a conformidade total e estrida com suas ideias tolas. Ou é com ele próprio concordando consigo mesmo, vai saber. E, estoicamente, aguardo alguem argumento que se salve. Depois Bacco é quem suporta encheção de saco. Patético. Chega de comentários aqui. Quem sabe nas próximas postagem aparece algum argumento algo inteligente.
      Até mais!

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