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sexta-feira, 16 de setembro de 2016

FRIULI-VENEZIA GIULIA IV




Bebo os vinhos de Gravner desde sempre.

 Provei alguns "pre-ânfora" e outros vinificados com a "nova" técnica.

 Caros, mas sempre surpreendentes, os vinhos de Gravner podem não agradar a todos, mas nunca são banais, comuns, indiferentes.

Quem gostar dos vinhos do Gravner deve se apressar e comprar algumas garrafas de Bianco Breg: Gravner já iniciou a erradicação de todas as castas internacionais (Merlot, Sauvignon, Chardonnay, Riesling, Cabernet Sauvignon etc.) para se dedicar exclusivamente às autóctones Ribolla e Pignolo.
 

Para os aficionados informo que o último Bianco Breg foi produzido em 2012 e o vinho será comercializado em 2020.

A decisão do Gravner é uma resposta à imbecilizante e desnecessária corrida às castas internacionais.

Desnecessária e imbecilizante, sim, especialmente se levarmos em conta que a Itália possui o maior "estoque" (excluindo a misteriosa Geórgia) de videiras autóctones do planeta.

Gravner pode ser interpretado como diferente, revolucionário, louco, visionário, mas, não bobo.
 

Josko percebeu que os melhores resultados comerciais sempre serão obtidos com vinhos vinificando com castas autóctones. 


Por melhores que sejam seus Merlot, Cabernet Sauvignon Chardonnay, Sauvignon jamais poderão competir, em preço e fama, com renomadas e badaladas etiquetas Francesas.

Seus vinhos "internacionais" perderiam até para os Supertuscans: ele não conseguiria ofuscar a fama de um Masseto, Sassicaia, Solaia ou outro AIA qualquer.

Não há tantos idiotas abonados assim para desembolsar quase 400 Euros por um Merlot friulano......
 

Saem de cena, então, Merlot e Cabernet Sauvignon e entra o Pignolo.

A Pignolo, antiga casta "friulana", já conhecida desde o século XIV, sobreviveu à filoxera, mas foi "sepultada" pelo tsunami das videiras internacionais que invadiram a região.

Esquecida, abandonada, a Pignolo praticamente sumiu do Friuli.

Nos anos 1970 a destilaria Nonino, grande produtora de Grappa, tentou sensibilizar os produtores locais instituindo um prêmio que visava estimular a recuperação de antigas castas autóctones.

Não quero entrar em mais detalhes para não fundir a cuca dos professores da AB$, $BAV e outros cursos, mas é bom lembrar que em 1978 foram encontradas, na "Abbazzia di Rosazzo", duas e únicas videiras, sobreviventes, de Pignolo.
 

Foi a salvação da Pignolo que em 2011 recebia a classificação DOC.

Gravner implantou a Pignolo em 1998 aumentando gradualmente a área de plantio.

Não provei ainda o Rosso Breg (Pignolo) que custa salgados 80/90 Euros e seria desonesto comentar, todavia e por uma feliz coincidência, sou amigo de Stefano Bonaccorsi que é o representante de Gravner na Liguria.

Stefano, em nosso último encontro na "Trattoria Nanin" em Chiavari nos brindou com uma garrafa de "Ribolla Gialla 2007" do Gravner.
 

Em minha próxima matéria encerrarei minha viagem pelo Friuli-Venezia Giulia revelando minhas impressões sobre algumas Ribolla Gialla que provei.

Bacco

PS.  Encontrei um fiel "perseguidor": Carlos.

Algumas considerações: Não tenho a mínima intenção de mudar o Blog para satisfazer seus recôndidos desejos.

Não vou pesquisar na internet se há, onde há e quanto custa o Picolit. Esta tarefa fica por conta do leitor interessado.
 
 

Eu, viúva de Mussolini? Carlos, tome um Lacto Purga e esvazie a cabeça

22 comentários:

  1. Ola pestes de plantao. Olha o que a Jancis Robinson escreveu sobre a historia do plantio de uvas francesas.... bem em linha com o que tem sido escrito por vossas insolencias aqui.

    http://www.jancisrobinson.com/articles/german-whites-anything-but-riesling

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    1. João, o link é interessante. Contudo, o tema é diferente daquele em pauta aqui. A sugestão contida na discussão em vosso link seria "arrancar a Riesling e plantar variedades francesas". Seria soa como "arrancar a alma" vitivinícola do país, o que é grotesco.

      Muito diferente disso seria 'aliar' outras castas à vitivinicultura local. Defender que determinada casta não se adeque bem a uma região é uma coisa. Achar que 'nenhuma' outra casta será viável em um pais com 300 mil km2 é muito diferente...

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    2. Grande Roedor, não adianta.....o Mores além de pedante é um analfabeto funcional: Não consegue entender o que lê. ".....arrancar Riesling e plantar castas francesas" na Alemanha é grotesco. Arrancar Schioppettino, Pignolo, Ribolla Gialla, Sangiovese, Freisa, Barbera etc., na Itália, para plantar Chardonnay Merlot , Cabernet Sauvignon é muito diferente. Mores, sua anta, viável, plantar videira, é em qualquer lugar , até em São Roque.

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    3. Carlos, bebedor de Casillero, agora vc quer dar pitaco também nos comentários das pessoas? Quer decidir como o B&B deve ser e também como as pessoas devem comentar? Além da CyT, vc conhece algum outro produtor? Vaza, maluco

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    4. Bacco não consegue vislumbrar a 'coexistência' entre castas autóctones e outras (francesas ou não). Coloca em minha boca palavras que eu não disse: que eu aprove arrancar Ribolla, Sangiovese, etc e trocá-las por Merlot, Cabernet, etc. É curioso com as pessoas conseguem ser binárias. No presente caso, dá para entender. Com apenas dois neurônios funcionais, não poderíamos esperar muita coisa...

      Ao anônimo imbecil - disse que não iria mais responder anônimos, mas este extrapola os limites estabelecidos pela Sagrada Burrice Universal. Me "acusa" de dar pitaco no comentários das outras pessoas. E o que é que você está fazendo nos meus?! Tolo. Nada mais do que um tolo. Ah ah ah.

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    5. Tá parecendo a Dilma da mandioca e ar ensacado: fala e depois nega o que falou

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    6. Esse cara não é normal. Nunca vi algo parecido. O excesso de vinho chileno deve ter cozinhado o cérebro dele.
      Carlos Modess, se vc quer escrever besteira, que o faça em seu blog horroroso. E se não está contente com um blog chamado o enochato, crie um chamado o mala sem alças.

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  2. Sem entrar no mérito da sua postagem:

    Bacquinho... onde, supostamente, eu achei que você deveria "mudar"? O que eu estou cobrando é um pouco de sensatez nos seus comentários, nada mais. Você deixa tarefas por conta do leitor interessado? É a primeira coisa sensata que você publica! Concordo que seja esta a sua política editorial. É coerente. Parabéns.

    Mas preciso me repetir: "Quem procurar neste blog verá suas respostas respeitosas aos comentários passados que fiz, quando concordava consigo... Aí eu "ousei" discordar de sua opinião...". E agora sou vosso "perseguidor"? Grotesco. Apenas continuo questionando suas besteiras.

    Ah, sim: pare de dar holofotes à nossa disputa; não estou atrás deles. Colocar isso na sua página principal apenas comprova ainda mais o Bacco duas caras, 'amiguinho' de quem lhe dá razão e 'inimiguinho' dos que discordam minimamente. Me pergunto se vc conhece mesmo o significado de 'recôndito'.

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  3. Recondita armonia di belleze diverse. È bruna , Floria, l'ardente amante mia.....

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    1. Nero, quero dizer, Bacco, pare de gastar o que você não tem! bellezZe, Bacco, BellezZe. Beleza?

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    2. Não tem o que? Vc perguntou se eu conhecia o significado de recôndito . Respondi com as o início da ária da Tosca, de Puccini, em que o pintor Mario Cavaradossi faz uma declaração à sua amante, Floria. Desculpe a sofisticação da informação .Quem nasceu para Casillero del Diablo nunca alcançará as minhas recônditas mensagens

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    3. https://www.youtube.com/watch?v=FOyibJ3FfKA
      ouça, sua anta

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    4. Novamente, apenas desvia o assunto. Não existe nada de recôndito em meus desejos. Eu apenas expresso minha opinião livremente. Você quer dizer-se sofisticado escrevendo errado? belleze, em vez de bellezZe? Quando vossos cupinchas apontam que eu escrevi 'dize', um flagrante erro de digitação, a crítica deles é válida.

      Ademais, é grotesco que vc me condene a ser um bebedor de Casillero, vinho que eu bebia em 2000, 2001, 2002... sem direito a melhorar meus conhecimentos e meu gosto. Coisa digna de viúvas de Mussolini sem potência nem cérebro.

      Continuo no ponto, que transcrevo, e do qual você se esquiva:
      Quem procurar neste blog verá suas respostas respeitosas aos comentários passados que fiz, quando concordava consigo... Aí eu "ousei" discordar de sua opinião....
      E agora sou vosso "perseguidor"? Grotesco. Apenas continuo questionando suas besteiras.

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  4. De onde surgiu esse tal Carlos??? Seria primo do Wladstone? O cara é a maior mala sem alça que eu já vi na vida. Pelo menos ele mudou um pouco a "política redacional" e parou de colocar aquelas explicações entre parênteses para tudo que escrevia, rs, caixa alta etc. Mas continua escrevendo besteira uma atrás da outra.

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  5. Ba e Di,

    as boas noticias nao param. Semana passada a Moniquinha fofinha Larner teceu os elogios ao masseto... e a criatura he mega fan tambem dos Aias. Que critico de vinho desses mais famosos ousa ir contra os modismos e os jantares caros? Eu acho na minha infancia eno-intelectual que a Jancis (dos famosos) he a unica que descasca a mandioca quando eles merecem. O resto chupa meia, mesmo.

    Seguir critico he um auto-flagelo...

    Andiamo.

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  6. Finalmente, entrando mo mérito da postagem. Vejamos:

    1) O país "A" tem 40 (ou 400, ou 4.000) cepas autóctones. Cultiva mais de algumas, menos de outras, com seriedade. Faz o manejo com igual seriedade, idem na vinificação, etc., etc., etc. e produz seus vinhos.
    2) O país "B" tem 40 (ou 400, ou 4.000) cepas autóctones. É sério em manejo, vinificação, etc., etc., ect., E (conectivo de adição) ainda planta, em outras vilas, cepas de outros lugares.
    Nero, digo, Bacco querido: qual dos países acima você acha que poderá apresentar maior variedade de produtos - independente da qualidade?

    ++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++++

    Estudo de caso: O Galatrona

    Galatrona, um IGT produzido na Toscana, era vinificado com 100% de Merlot, mas atualmente recebe pitadas de outras cepas (Cabernet Sauvignon, Cabernet Franc e Petit Verdot). Tem aclamação mundial.

    Nero, digo, Bacco, você já bebeu um Petrus? E um Galatrona? Porque o que dizem é que o Galatrona 'bate de frente' com o Petrus. Quem bebeu de ambos, disse que "Parece com o Petrus 1953 que bebemos recentemente? Sim! Mas é mais concentrado." (http://vinhobao.blogspot.com.br/2015/01/galatrona-2004-um-petrus-italiano.html).

    Portanto, uma suposta 'corrida' às castas internacionais não é uma besteira, já que a produção de vinhos de qualidade com tais castas é real. E isso em nada desmerece as cepas autóctones, obviamente. Saber tirar o melhor de cada casta cabe aos produtores, e não a supostos 'experts' de plantão que filtram a realidade de acordo com as necessidades de seus delírios juvenis.

    Assim, quando o blogueiro escreve acerca de Gravner que "Por melhores que sejam seus Merlot, Cabernet Sauvignon Chardonnay, Sauvignon jamais poderão competir, em preço e fama, com renomadas e badaladas etiquetas Francesas", ele está virando as costas, deliberadamente ou por ignorância, a parte da realidade italiana.

    Josko Gravner inovou, não há dúvida. Mas a atitude de erradicar suas cepas internacionais - um direito que o assiste - vai apagar qualquer possibilidade de, no futuro, suas propriedades produzirem vinhos melhores com tais castas. Seu risco é ter passado da fase áurea e estar se transformando em apenas um 'bom velhinho'. Josko tem meu respeito. Mas não posso deixar de imaginá-lo um tanto gagá formando dupla sertaneja com o blogueiro que tanto luta pela pureza das castas autóctones italianas. Já proponho um nome para a dupla: Josko e Fosco.

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  7. Faltou um nome para o trio "Tosco". Carlos-Tosco vc está mergulhando em uma mar de besteiras. Abra uma garrafa de Casillero e vá dormir.

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    1. Como de hábito, sequer tenta responder ao questionamento. Tenta em vez disso desqualificar o argumentador em vez do argumento. Isso revela a desonestidade moral e desqualificação intelectual do blogueiro. Não deixo por menos; repito a pergunta abreviadamente:

      1) O país "A" tem 40 (ou 400, ou 4.000) cepas autóctones e produz seus vinhos com seriedade.
      2) O país "B" tem 40 (ou 400, ou 4.000) cepas autóctones E (conectivo de adição!) ainda planta, em outras vilas, cepas de outros lugares, produzindo vinhos com igual seriedade do que o país "A".

      Qual dos países acima você acha que poderá apresentar maior variedade de produtos - independente da qualidade?

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    2. Esse cara existe mesmo??? Não é possível!

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    3. Parem com esse Carlos Tosco, B&B. Todos sabemos que uma mala assim nao existe, trata-se de um software programado para soltar diarreia pela cabeça. Ja deu com essa brincadeira sem graça, desliguem a maquina, por favor. Nenhum tipo de humano pode ser tao burro e ta doente ao mesmo tempo.

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    4. Anônimo, tem 'um tipo de humano' que consegue ser não apenas tão burro quanto, mas vai além. É aquele que acha que um software pode... "soltar diarreia pela cabeça".

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