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terça-feira, 28 de junho de 2016

AI,AI, AI......"AIAS" I


O que mais me desanima, no mundo dos vinhos, é ler os comentários e opiniões dos enófilos, críticos, sommeliers e jornalistas do Brasil.
 

No pequeno universo nacional (o consumo no Brasil não alcança os 2 litros per capita/ano) quem é cara de pau, espertinho, vigarista, faz a festa.
 
 
 

A imprensa "especializada", que já pariu, entre outras "gemas", Jô Barros e Aldo Assada, continua endeusando profissionais que não seriam sommeliers nem em botecos das periferias de Paris ou Milão.

..... E por falar em Assada, reveja esse patético vídeo 

   Nossos "profissionais Google", sempre manipulados, comprados e comandados por importadores e produtores, não tem independência (coragem, nem se fala) para criticar nem uma garrafa de Barbera Perini (a pior que já tentei beber).

 Quando a etiqueta é cara, badalada, premiada, então.....

Nas degustações, de garrafas caras, nossos "profissionais" já entram predispostos a elogiar e literalmente se babam de prazer ao ver, por exemplo, um Ornellaia.
 
 

 Uma única voz que emita um pensamento original, uma crítica inteligente ou, pelo menos, declare algum "mas"?

Nunca!

Se for caro, é bom e estamos conversados.

Todos parecem vacas de presépio balançando a cabeça, positivamente, aceitando, sem questionar, uma verdade absoluta.

É errado!


Quem segue esta linha, "falta de opinião própria", nunca sairá da eno-infância e será sempre um eno-babaca e um "sommerdier" de.....

Querem um exemplo?

Quantas vezes você já bebeu um Sassicaia, Solaia, Ornellaia, ou um dos incontáveis e caríssimos "AIAS" que os nobres e espertos produtores toscanos "empurram" em nos todos?


Uma, duas, três, quatro vezes?

Nem o Beato Salu e mais meia dúzia de "sommerdiers", de restaurantes "fashion", que bebem (de graça) fundo de garrafas que os magnânimos clientes deixam como gorjetas, saberiam identificar, às cegas, qualquer uma das etiquetas citadas (o Assada nem distinguiria um branco de um tinto).

Não conseguiriam identificar, mas teriam orgasmos múltiplos à simples citação de um "AIA" qualquer.

São os enófilos pre-condicionados, os enófilos portadores de acefalia enológica, enófilos "vaca de presépio".
 

Não sabem se realmente o "AIA" é um bom vinho, se expressa um "terroir", se vale o quanto custa e, numa degustação às cegas, o confundiriam com um simples Bordeaux de 20/30 Euros.

Os eno-tontos aceitam, cegamente e como verdade absoluta, aquilo que a crítica, regiamente paga, conseguiu introduzir em suas ocas cabeças.

Os eno-tontos, adoradores das etiquetas perdidas, são o sonho secreto de qualquer produtor vinícola.

Nunca beberam um Romanée-Conti, mas o Romanèe-Conti é o melhor vinho do mundo.

Nunca beberam um Motrachet da Domaine Romanèe-Conti, mas o Montrachet da Romanèe-Conti é o melhor Chardonnay do planeta.

Nunca beberam um Masseto, mas o Masseto é um soberbo Merlot.
 

Bastaria colocar um Cabernet Sauvignon, mediano, em uma garrafa de Sassicaia para provocar, já no primeiro gole, suspiros de fazer inveja a um asmático.

O mais interessante é que uma considerável parcela, das etiquetas citadas ,e outras que não mencionei , é falsificada.

Os eno-tontos compram, pagam uma fortuna, bebem, se encantam e elogiam, muitas vezes, vinhos baratos do Marrocos,  Argélia , Sicília, Espanha etc..

Sabem por quê?

Os eno-tontos não entendem de vinhos; os eno-tontos bebem etiquetas que o Parker ou outros gurus de plantão recomendam com  seu famosos "pontos" (quem sabe, vírgulas), que a Wine-Especuleitor indica, que ganham 3 bicchieri do Gambero Rosso etc. etc. etc.

"Maravilhoso", "Fantástico", "Meu sonho de consumo"

Pergunta: Quantos "experts", sommeliers e críticos brasileiros conhecem Bolgheri?

Quantos conhecem a verdadeira história vinícola de Bolgheri e arredores?

 
Quantos indagaram por que somente há castas internacionais na Bolgheri vinícola?

Para comentar vinho, com honestidade e competência, é preciso beber vinho, mas é preciso, também, conhecer a região onde é produzido, seu "terrior", a cultura enológica local, tradições e, especialmente, as malandragens marqueteiras.

Sem os conhecimentos, acima, os sommeliers, críticos, experts, jornalistas etc. serão sempre e apenas vacas de presépio, "profissionais Google" e teóricos parkerzianos de meia tigela.

Dionísio

4 comentários:

  1. Concordo com vc.Falta cultura a alguns "formadores de opinião". Abraço.

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  2. esse vídeo do Ossada no Jô Soares atualizou minha definição de "vergonha alheia". e não foi só pela parte em que discutiram punheta...

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  3. Um babaca como Assada , melhor sommelier do Brasil? Imagine o segundo , o terceiro, o quarto......

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  4. Se for para mandar conversa para baixo, sugiro uma visita as churrascarias em moema, maior reduto de bebado inutil e vagabundo que ja vi na vida fingindo que sabe de vinho. Sommerdiers e vagabundos juntos degustando (enchendo a cara) diariamente ... so esperando o proximo presidente de sindicato que ira aparecer para vender vinho caro (e falso) ao falso trouxa rico.

    Jogador de futebol tambem cai na lorota dessa gente.

    Sao bem poucos em Banania que sabem alguma coisa e pensam em trabalhar decentemente. O resto, uma colecao de codigo penal.

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