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sábado, 21 de novembro de 2015

TANNAT ASSALTO



Qual o grau de imbecilidade do enófilo brasileiro?


Qual o grau de loucura e vigarice dos produtores de vinhos nacionais?
Até onde a imodéstia de um enólogo pode chegar?


Se você acha que sabe as resposta e já viu todas as sandices do mundo vinícola nacional, veja a foto da carta de vinhos de um restaurante de Brasília.

No almoço de ontem, no Lake's, foi encarregado de escolher um vinho.
A carta era extensa.


Sem saber onde procurar fui folheando para verificar etiquetas e preços.
Em uma das páginas quase enfartei....

Vejam a foto e os preços dos vinhos nacionais.



Nunca vi maior insulto à inteligência do consumidor.

Todos os preços, dos "quase vinhos gaúchos", são indecentes, mas R$ 480,00 por um Tannat da "Lidio predadora Carraro", é um assalto.

A "Lidio predadora Carraro", que já nos ofendeu com o "Faces", aquela suruba vinícola composta por 11 castas e lançada por ocasião da "Copa do Afundo", continua fazendo cocô nos copos e taças dos consumidores brasileiros.

Um Tannat produzido em um país sem nenhuma tradição vinícola, de que dúbia qualidade, chega à mesa dos brasilienses muito mais caro do que um Barolo do restaurante "Bovio" em La Morra (vejam foto).




Como se o cinismo e o estupro do cartão já não bastassem, a enóloga, da "Lidio predadora Carraro", se auto-elogia e sublima sua "obrada prima".


Querendo ir mais fundo perguntei ao maitre quantas garrafas daquele Tannat haviam sido vendidas.

"Nenhuma. Vendi 9 Lote 43 para uma mesa de um pessoal ligado à vinícola Miolo, mas o Tannat da Carraro...."

Soltei um suspiro de alivio: Ainda há vida inteligente em Brasília.....
Mas não estava contente.

Aproveitei a vinda do proprietário do Lake's à nossa mesa e indaguei quanto havia pago pelo "Roubbat" (ops) Tannat.

"Não recordo.... faz muito tempo, mas minha marcação, para vinhos caros, é de 60/70%".

Marcação normal, correta..... A indústria é a única responsável pela facada.
Perceberam o porquê do baixo consumo de vinho no Brasil?

Dionísio


8 comentários:

  1. Está explicado o mensalão, petrolão, etc.....para poder beber vinhos em Brasília e no Brasil!!!....

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  2. E o pior é que tem quem paga! E mais...estamos vivendo uma onda de imbecilidade disfarçada de nacionalismo. Sim, há pessoas, e não são poucas, achando que o vinho brasileiro pode realmente competir com vinhos de estirpe da Itália e da França...peço permissão para compartilhar no Facebook essa postagem!

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  3. Dionísio,

    boa matéria, como sempre. espero que seu fígado tenha sido poupado do capolavoro do Carraro e seus 16% de álcool. o que você ordenou no Lake's, afinal?

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    Respostas
    1. Eu não bebo Bosta-Wine. pedimos um genérico francês por R$ 130

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    2. sim, sei que você não faria isso por conta própria nem por conta corrente própria. mas vai que o maître tenha aberto um e falado "mas bah, Dionísio, prova aí, dá uma chance pra gurizada, tchê!" e te oferecido uma taça...

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  4. Fala, Di.

    Esse quorum da escarraro (ta ali na foto sua) nao he mau vinho, ao contrario. Bom, os que ja tomei foram em eventos, vai que eles separam algumas garrafas para eventos. Sabe o truque de maquiar cavalo pangare e boi doente para exposicao agropecuaria??? Ou botar sal na boca do porco para aumentar o peso do bicho?

    SE pedissem uns R$ 120 ~ 140.00 por garrafa do quorum certamente venderiam muito mais e nao teriam fama de pelar bolsos alheios.

    Salute, bastardi.

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    Respostas
    1. Nao precisa maquiar. Os vinhos nacionas , quando sao bebiveis , são produzidos com 7,1% de vinha e 113,6% de adega, Máquinas, pozinhos, chips, corantes etc. Bosta-Wine
      Dionísio

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