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quinta-feira, 9 de abril de 2015

VINHOS NATURAIS = VIN DE MERDE



Os sinais são claros, insofismáveis: Há uma nova picaretagem enológica surgindo em algumas escuras e misteriosas adegas gaúchas.

Quando Bilu Didu Teteia e sua turma (filho, nora etc.), aquele ex fotógrafo, hoje marqueteiro de vinhos, cujo nome verdadeiro é um mistério, o Ed Motta, a Camila Camomila, a ceramista que faz viajar toneladas de uva Isabel sacolejando em caminhões por longos 500 quilômetros e as vinifica à beira da praia, quando esta turminha (e outros mais) de vigaristas intelectuais se une, para exaltar o vinho “natural” brasileiro, algo começa a feder.

Se juntar todo esse pessoal, de conhecimento vinícola primário (será, primata?), as únicas coisas “naturais”, que aparecerão , serão suas tremendas caras de pau.

O enófilo brasileiro já foi enganado através de inúmeras campanhas de conteúdo mais que duvidoso e foi tratado como imbecil por várias delas.

Vamos tentar lembrar algumas?
 

 “O espumante nacional e o segundo melhor do mundo”

“Vinho da Miolo ganha medalha de ouro lá na.....”,

 “Vinhos nacionais são premiados no concurso da.....”
 

“Steven Spurrier já não pode viver sem os vinhos do Marco-Helerdani-Mauricio-Danielle-Heller-Marco etc..”

 “Galvão Bueno já produz o Brunello pornô”.
 

“O Gamay da Miolo é melhor do que o francês pois se adapta melhor ao gosto brasileiro”

“Moscatel de Farroupilha ganha concurso na França e a cidade se enriquece como grande produtor mundial de uva” 

Todas fantasiosas meias verdades (acho que um quinto de verdade seria o mais correto) que apenas visam confundir o consumidor e justificar preços pornográficos.

Não vou declarar que o vinho “natureba “nacional (a nora do Didu Bilu Teteia julga ser a “inventora” do termo  “natureba” e acredita ter descoberto a água quente) é uma piada (Bacco tratará com mais propriedade do assunto)  , mas lanço um desafio:
 Um pais, que mal sabe produzir vinho convencional , com quase 80% de sua produção proveniente de uvas não vinífera, controles zero, ou perto disso,  sem tradição vinícola  , não pode ser levado a sério, especialmente, quando meia dúzia de espertinhos, sem escrúpulos, se junta para , mais uma vez , tentar enganar o consumidor.

Caros amigos (dá-lhe, Galvão do Sangiovese pornô), o vinho “natural” que nem na Europa possui, por enquanto, regulamentação definida, é mais uma sacanagem marqueteira para justificar garrafas caras, vinhos oxidados, com defeitos, maus cheiros, turbidez etc.  
 

A turminha da vigarice-enológica-gaúcha está trabalhando duro e aposta alto na imbecilidade ufanista do consumidor nacional que, pasmem, já se orgulha, apoia os produtores “naturais” e defende vinhos "Sabor Merda".
 

Parabéns, mais natural que isso......

 

 

 

9 comentários:

  1. É para mim ainda não cola vinho natural, muito menos vinho feito de uvas não viníferas. O que muita gente não sabe é que é possível adicionar sulfito no vinho natural (ainda que em pequena quantidade) e se utiliza mistura bordalesa nas vinhas. Pesticidas e fungicidas estão proibidos desde que feito com químicos e em certas regiões do mundo. A fiscalização disso é bem difícil.
    Também há regiões quentes e secas do mundo, como Sul da Itália, em que o problema com doenças fúngicas é mínimo ou inexistente, assim que não é necessário pulverizar as vinhas.
    Eu só não vejo como o clima do Brasil, que é úmido em grande parte do ano, possa ser ideal para produção de vinho bio ou natural. Vou esperar para ver.

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  2. Uma das pessoas citadas na matéria ministrou uma palestra sobre vinhos "naturebas" dizendo que a nova onda da galera é usar só materiais de pvc para produzir os tais vinhos. A questão mais emblemática é que o vinhateiro ficar peleco no tanque de pvc manuseando o mosto seria o grande barato!!!

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  3. Oh vida, estou condenado.
    Sempre tomei vinhos que NAO sao naturais. Isso SO PODE SIGNIFICAR que adquiro vinhos ARTIFICIAIS.

    Onde consigo esses vinhos naturais, por favor? Vidas em casa dependem disso.

    PS: Eles vendem tambem elixir da juventude, bilhete de loteria premiado, viagem no tempo ?

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  4. Pestes do planalto: Ha pouco tempo naquele reboque de blog onde as vezes digito algo eu coloquei o link de um artigo do valor via J. Lucki onde ele fala sobre essa conversa de vinho natural.

    http://www.valor.com.br/cultura/3915162/vinhos-naturais-discurso-bonito-mas-impreciso

    No bananal se houvesse gente com bom conhecimento quimico ou agronomico falando de vinho ''natural'' (um termo infeliz, no minimo) eu ate consideraria a possibilidade remota de defesa do conceito, mas como sempre a coisa "tende" ao capitalismo.

    PS: Mesmo o sol que he natural pode fazer mal...

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    Respostas
    1. lembro desse post.
      Não seja tão modesto, JR. O seu reboque de blog está no meu TOP 2 blogs nacionais. O outro blog top2 está implicito, creio eu... é o Didu, é claro. Rá! :)

      Agora, falando sério (sério?) pra mim a vantagem do Vinho natural, secondo me, é que é um vinho pé-franco, sem encherto.. desses vinhos que não mudam a voz ao atender o telefone, sabe? Isso e aquele convite seminu da dona natureba pra feira de vinhos.

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    2. SM, sono Io.

      O conceito de agricultura minima, organica, natural ou derivados é bom. Fudemos com o solo, as aguas, os rios, e a nos mesmos ha decadas com os agrotoCHicos que sao colocados em tudo. Produzimos plantas doentes, contaminadas e adivinha o que vai para nossas pancinhas? So lixo. Cada vez mais produzimos pestes mais resistentes a tudo e toda hora a bomba so aumenta. Ha um alento que nao usamos mais organoclorados ou organofosforados, mas por outro lado ha produtos modernos que causam cancer a rodo, no minimo. Glifosato a torto e direito, por exemplo em qualquer lavoura.

      No caso do vinho dito natural eu ate aplaudo a iniciativa, mas quando a coisa descamba para picaretagem de transformar algo ruim e malfeito em "natural", da vontade de descer do bonde.

      Eu conheco pouquissimo desse mercado "natural" dos vinhos, mas aposto minha ida ao ceu que grande parte do que dizem ser natural nao passa de vinhos mal sucedidos. Se for para apostar em alguma coisa natural (definicao atual indica adicao MINIMA POSSIVEL de qualquer ingrediente que nao o mosto fermentado) bem feita, fico com a França. E com muito suspeitas....

      Imagino (mas nao ouso degustar) o pavor que seria um vinho "natural" feito na terra de Dilma, a louca.

      Aguardo mais dos B&B&D

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  5. Bom dia Amigos !
    Vou aguardar a matéria de vinhos naturais espero que seja " Itália e França "
    Abraço.

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  6. Sempre faço esforços para consumir alimentos (aí incluo o vinho) com menos agrotóxicos e conservantes. Já bebi muitos vinhos ditos "naturais" e a maioria era ótima. Mas não porque eram naturais, e sim, porque os produtores eram muito bons. Não vou apreciar vinhos com defeitos, turvos e com cheiros malucos só por serem naturais.
    Salu2

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