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quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

COMPRAS NA BORGONHA?



Antes de continuar com as “compras” quero comentar o post do Eduardo


Eu acho louvável essa saga através de vinhos "raros", mas a verdade é que estes "raros" vinhos degustado as cegas com outros Borgonha brancos grand cru disponíveis nas boas lojas de beaune e região não se destacariam muito. Talvez entre em vinhos brancos de estirpe ficariam em quinto ou sexto talvez. Quem sabe não se realiza essa experiência interessante


Caro Eduardo, eu moro na Itália, mais precisamente em Chiavari.

Em Chiavari e arredores (Rapallo, Santa Margherita, Sestri Levante), há uma dúzia de enotecas de primeiríssima linha.

Em Chiavari, na Enoteca Defilla, com seus cem e poucos anos de história, é possível encontrar, entre mais de 1.300 etiquetas, umas grandes variedades de vinhos italianos, espanhóis, portugueses, alemães, australianos, americanos, franceses.

Na secção de vinhos franceses há uma centena de rótulos da Borgonha, Loire, Alsácia, Bordeaux, Rhone...

Da Borgonha a variedade é grande e levaria muito tempo para, aqui, elencá-la.

Mencionarei apenas: Meursault, Puligny-Montrachet, Chassagne-Montrachet, Montrachet, Bâtard-Montrachet, Chevalier-Bâtard-Montrachet.

Saindo de casa às dez posso tomar meu cappuccino, no Defilla, antes das dez e oito minutos.

Qual motivo   teria, então, para enfrentar mais de 1.200 quilômetros (ida e volta) para comprar 6 garrafas de Meursault em Beaune?   

O preço?

Não, os preços não são tão diferentes.

 Admitindo que os preços fossem 30% mais caros, no Defilla, mesmo assim não valeria a pena.

A gasolina custa, na Itália, 1,55 Euros.

 Meu carro não percorre nem  6 quilômetros com um litro de gasolina,

 Fazendo uma conta rápida, ouso afirmar que só de combustível, gastaria mais de 300 Euro.

A viagem começa se tornar viável e interessante quando se busca, como você bem salientou, vinhos “raros”.

B&B evita sistematicamente comentar vinhos “comuns” até porque há centenas de blog e sites especialistas em vinhos “redundantes”.

B&B não busca informar e aconselhar Valpolicella, Beaujolais, Chianti, Côte du Rhone, Frascati etc.

B&B procura apresentar Gamba di Pernice, Lessona, Spigau, Rossese di Dolceacqua, Timorasso e, olha a coincidência.... Les Dents de Chien, Vide Bourse, Blanchot Dessus três vinhos quase desconhecidos no Brasil.

Eduardo, para você ter uma ideia da “raridade”, o Jorge Luki bebeu, pela primeira vez na vida, um Les Dents de Chien, que eu abri na casa do Massimo Martinelli, no dia 10 de dezembro 2014.

É bom salientar que o Luki e um conhecedor, de vinhos da Borgonha, bem acima da média.

Desconheço seu conceito de “vinhos de estirpe”, mas gostaria de saber quais os cinco ou seis que estariam à frente dos três que apresentei acima.

Se puder, por favor, me revele algo que,  em minha parca experiência, ainda não conheça.

É bom salientar que nenhum, dos três vinhos mencionados, custa mais de 40 Euros.

Bacco

7 comentários:

  1. sei que o assunto está fora de contexto, mas há chances de fazerem um texto sobre o sul ou sobre a Sardegna, ainda que não seja sobre vinhos, já que vocês abordam sobre culinária? Aliás, há alguma região vinícola a ser explorada ou os meridionais estão em baixa até neste requisito? Na Sicília talvez? Como filho de um "terroni" da Puglia fico curioso em ler o artigo de vocês sobre turismo no calcanhar da bota. Só acho "cafonérrimo" eles privatizarem as praias da Sicília, Calábria e até da Puglia.

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    Respostas
    1. Estou planejando uma nova viagem ao sul faz tempo, mas sempre renuncio . É uma tristeza........
      Na próxima primavera cumprirei a promessa

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  2. Bacco, também estou atrás de vinhos raros! O que você me diria dos vinhos Baron de Lantier (antigo projeto da Martini no Brasil)? Também está atrás deles? Dizem que os vinhos Cabernet Sauvignon que ainda existem (safras 88 a 96) lembram grandes bordeaux. Obrigado. Abços.

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  3. Na Itália é quase impossível encontrar vinhos brasileiros. Não acredito que um CS nacional, aguente mais de 25 . Se vc encontrar descreva.

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  4. Baron 1989 já estava morto em 2007. O 1990 até contava alguma coisa, mas nenhuma história muito impressionante. Hoje, está intragável (abri uma garrafa ano passado).

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  5. O Baron 1989 já estava morto em 2007. O 1990 ainda contava alguma história, mas nada empolgante. Ano passado abri outra garrafa e já não dava nem pra cozinhar. Acredito que qualquer 1991 do Brasil seja hj lenda. Se alguém me convidar, compartilho, mas não pagaria nada por uma garrafa.

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  6. Eu tomei alguns Baron de Lantier da década de 90 e eram bons vinhos, provavelmente os melhores nacionais que tomei (na época em que ainda tomava alguma vinho nacional). E não custavam uma fortuna,tanto que consegui tomar ainda na época da faculdade.

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