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quarta-feira, 9 de julho de 2014

SACO CHEIO ?


 

 

Saco cheio dos políticos que nos fazem de palhaços há décadas, da violência, do descaso, das injustiças, da roubalheira, etc. etc. etc.?

 Que tal vender tudo, juntar a grana, comprar uma propriedade vinícola na Itália e viver tranquilamente nas colinas do Toscana, Piemonte, Veneto, Marche etc. produzindo vinho?
 
 

Não estou abordando Portugal, Espanha ou França por não conhecer suficientemente o mercado daqueles países.

Difícil?

Sonho maluco?

Nem tanto!
 

Viver do vinho, sem querer se transformar em um grande empresário, produzindo um bom produto e dele viver, não é tão complicado assim.

Essa é uma matéria que interessa, particularmente, aos que tem entre 45 e sessenta anos, um razoável patrimônio, amor pelo vinho e coragem de viver um sonho.

Não é necessário, nem obrigatório, comprar uma vinícola renomada gastando os tubos, é preciso, apenas, o acompanhamento honesto por parte de um bom agente imobiliário.

Há quem fez o caminho inverso: Visitou a França algumas vezes, aprendeu a beber vinho e se apaixonou pela bebida.
 

De volta ao Brasil percebeu que vendendo sua máquina fotográfica, deixando para trás uma profissão de pouco sucesso, poderia   comprar uvas da Carraro, vinificá-las e, com um bom marketing, vender, para um monte de trouxas, suas garrafas por preços astronômicos.

Hoje nosso ex fotógrafo é proprietário de 30 hectares e produz vinhos mais caros que os franceses.

Você que quer mudar de vida e não está pensando em se transformar em um mais um fake da serra gaúcha ou catarinense, onde um caolho pode ser rei, pesquise os preços de algumas propriedades vinícolas italianas e verá como não é difícil ser viticultor na Toscana, Piemonte, Sardenha, Veneto, Ligúria ......
 

B&B pretende demostrar, nesta matéria, como isso é possível e não utópico.

B&B vai indicar alguns caminhos das pedras, ou melhor, das vinhas, para encontrar um bom lugar e realizar seu sonho de se tornar um viticultor.

Mãos à obra!

A crise que se abateu e que continua fazendo estragos na economia de vários países europeus, atingiu seriamente o setor imobiliário reduzindo bastante os preços de todos os imóveis inclusive os das propriedades rurais.

Vamos imediatamente para o que interessa.

O preço de um hectare de vinhas, na Itália, oscila entre 10.000 a 600.000 Euro.

A média nacional é de 36.000 Euro.

Os vinhedos mais baratos se encontram na zona de produção do Copertino DOC (Puglia) na do Cannonau (Sardegna) e em Orvieto (Úmbria).
 
 

Com pouco mais de 10/15 mil Euros, nessas três denominações, é possível encontrar, facilmente, vinhedos à venda.

 Estão aí já duas belíssimas opções: Sardenha e Orvieto.

Na maravilhosa Sardenha e na fantástica Orvieto, até eu, que sou bobinho, moraria.

Não gostou da Sardenha?

Orvieto (olhe bem a localização no mapa antes de descartar), não agradou?

Vamos para o norte!

Gosta da Toscana?

Um hectare de Carmignano DOCG custa, em média, 50.000 Euros e você estará comprando parreiras onde se produz vinho desde 800 DC.
 

O vinho Carmignano, para que não sabe, é pai de todos os “Supertuscans” (Ornellaia, Solaia, Sassicaia, Tignanello, Masseto…): Há mais de 500 o Cabernet está presente na região.

Carmignano não tem charme suficiente?

Que tal, então, San Gimignano, suas terras, suas colinas e suas torres medievais?
 

Ha uma propriedade, nas proximidades  ,à venda, por 1.900.000 Euros.

Por este preço (que cai , no minimo 15/20%) você leva  6  hectares de vinhas (Vernaccia di San Gimignano DOCG) , 4 hectares de oliveiras e bosques, casa de 800 m² e uma estupenda vista da aldeia com suas torres.

Há robustas ofertas, em todos os cantos da Itália, para todos os gostos e bolsos.

Não pretendo detalhar todas, seria impossível, mas anexo o endereço de um site especializados em imóveis rurais.

Em sua próxima viagem à Bota reserve algum tempo para pesquisar as ofertas; quem sabe, você se anime.

Dionísio

18 comentários:

  1. Fala Di,

    Estou nesse mercado tentando barganhas na Italia. Nem precisa de patrimonio liquido tao grande.

    Na verdade ha uma dica melhor ainda: Comprar uma boa vinicola com divida alta. Sabe por que? Porque custa 0.00 EUR mais as dividas. Essas podem ser ajeitadas no banco que cobra astronomicos 5% ao anos. SE voce conseguir reverter os resultados, a vinicola pode dar um lucro bom na venda ou entao tocar a vida com muita dignidade.

    Divida liquida de 100,000 EUR custa de juros ''somente'' 5,000 EUR ano.

    Mas que nao tenham ilusao que a vida do produtor he facil. Tem que produzir (nem todo ano a producao he maravilhosa, depende da natureza), tem que vender, que RECEBER.

    Conheco varios produtores europeus que levam CALOTE nos USA, Brasil, e outros paises...a vida de produtor he sempre dificil.

    Para quem nao quer comprar area muito grande, fica sempre a opcao de terceirizar as uvas ou mesmo o vinho. Voce acompanha tudo, diz o que quer e alguem faz tudo isso.

    Mas ainda assim bem menos complicada, perigosa e dificil que a vida em certos paises. Haiti, Brasil, Syria....

    Bom artigo!

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    1. Vc abordou o assunto por outro ângulo e já quer exportar. O ideal seria vender aos turistas, aos restaurantes e bares da região. Conseguir que um wine bar coloque seu vinho para venda em taças é meio caminho andado.
      Mais uma coisa: O seu banco, que cobra 5% de juros ao ano, deve ser de um produtor gaúcho . Bacco conseguiu um "FIDO" (cheque especial) por 2,5%.

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    2. Gostei do assunto, embora seja um apedeuta em relação ao conhecimento sobre vinhos, ainda que apaixonado pelo assunto. Teria como abordar mais sobre a matéria ou até mesmo mostrar um plano de negócios? quantos hectares ficaria viável o negócio, número de funcionários fixos (imagino que um técnico ou engenheiro deva ser bem remunerado) e variáveis, custo fixo e variável, etc Acredito que se vender para o mercado interno seja menos trabalhoso para um pequeno produtor que não tem escala e nem dinheiro para o famigerado marketing, mas a competição interna deve ser bem acirrada, ainda mais para um novato e "stranieri". Talvez seria interessante, dependendo do lugar, montar junto um pequeno bar ou restaurante ou até mesmo uma hospedaria rural para manter o fluxo de caixa mais constante.

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    3. Quem vai responder será o Bacco que já começou a fuçar... aguarde

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    4. Di, tambem gosto da opcao de alugar uma casa bem aprazivel no eixo portugal espanha italia. Moleza em termos de custo, deixa o dinheiro investido em titulos do tesouro bananico e adios tudo isso.

      Para quem nao quer confusao, comprar uns poucos hectares no campo tambem é mole. Dai vai brincar de produzir azeite, vinho, etc.

      Mas que nao tenham ilusoes em relacao a se inserir na sociedade. O tal "calor brasileiro humano" nao se encontra tao facilmente la. Nem aqui, mas existe essa balela....

      Vamo paga conta.

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    5. Di e JR,
      sempre fui um interessado no assunto, mas sempre desisto por, ao fazer as contas, chegar a conclusão de que mais vale a pena beber vinho dos outros do que tentar fazer o meu próprio.

      Sabem onde procurar essas propriedades em dificuldades? Assumir uma distressed property pode ser mais interessante.

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    6. Anônimo 1 , o calor brasileiro humano é encontrado facilmente , basta não impor o "calor" . Em poucos meses , a não ser que você escolha a Val D'Aosta, muitas barreiras impostas até pelo idioma, caem. Se não tentar não vais saber
      Bacco

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    7. Anônimo 2 , no link anexo há uma grande quantidade de opções ,mas em matéria próxima , conforme já adiantou Dionísio, vou aprofundar o assunto
      Bacco

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  2. Você esqueceu do segredo do sucesso do ex-fotógrafo: convencer um cantor gorducho a espalhar rasgados elogios ao seu vinho, comparando-os aos melhores da Borgonha!

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    1. Aquele gordo entende de vinho como o PT entende de probidade

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  3. Então fico no aguardo. Mas, fico imaginando o quão difícil deve ser se inserir nas associações/cooperativas locais de produtores, principalmente italianos e franceses (dos espanhóis fujo). Minha esposa é portuguesa e possui um naco de terra com uma casinha de pedra, a meia hora do concelho de Viseu (cidade que gosto muito) que ela não vende porque está perto dos primos (deve ter no máximo 1 alqueire). Quem sabe no futuro?

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  4. PS Uruguay barato tambem. Se separaram do bananal e deram algo que presta.

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    1. Este comentário foi removido pelo autor.

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    2. Tem Razão, o Uruguay é outra opção , não tão charmosa ,mas uma opção

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  5. Post bacana. Valeu.
    Uma questão: como fica a questão de visto de permanência nesse caso?

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  6. Quem investe nunca tem problema de permanência

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  7. Certamente que levando dinheiro suficiente qualquer país do mundo vai te receber de braços abertos.
    A questão é: quanto de investimento é necessário para tal, no caso da Itália?

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  8. No link há uma grande variedade de propriedades e preços. Na próxima matéria detalharei melhor.

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