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quinta-feira, 3 de julho de 2014

CHACHACHA - CHAMONIX




Nas minhas viagens, para a Borgonha, quase sempre percorro a Val D’Aosta, no trecho italiano, para alcançar o túnel do Monte Bianco e, em seguida, a França.

Em anos anteriores, quando iniciava minhas viagens na parte da tarde, sempre dormia em Courmayeur para descansar, aproveitar a beleza da região e continuar no dia seguinte.

 Courmayeur, belíssima aldeia, foi “capital” de minhas paradas durantes muitos anos, mas com a idade avançando, mais e mais minha paciência foi diminuindo e com ela todas as concessões, também, sumindo.
 

Explicando: Na juventude aceitava as grosserias e rabugice dos valdostanos (habitantes da Val d’Aosta), mas depois dos cinquenta e muitos, suportar os valdostanos se tornou impossível (tive 5 bate-bocas violentos em bares restaurantes e hotéis da região).

Abandonei solenemente a Val D’Aosta, Courmayeur e seus desagradáveis, fechados e raivosos moradores.

Atualmente, sempre que posso, durmo no lado francês, em Chamonix.
 

Chamonix é mais agradável, alegre, maior, mais bonita do que Courmayeur e seus habitantes muito mais afáveis do que os quase italianos da Val D’Aosta.

Bares incontáveis, restaurantes para todos os gostos e bolsos, ótimos hotéis, comercio pujante: Chamonix é fantástica e vale dezenas de visitas.

Meu restaurante predileto?

“ATMOSPHERE”!

O “Atmosphère”, com sua varada sobre as turbulentas e raivosas aguas do rio Arve, é o endereço mais fascinante e romântico do centro da cidade.
 

Quando meu cartão enlouquece e eu com ele, uma parada, no “HAMEAU ALBERT 1er”, é obrigatória.

Um duas estrelas Michelin que vale cada centavo gasto.

Confesso, porém, nunca ter bebido muito bem em Chamonix.

Bares populares, insuportáveis copos “franceses” (pequenos, vidro espesso, pesados...) e pouca variedade de vinho em taça, despertavam uma ponta de saudade de Courmayeur.

Descobri, em minha última passagem pela cidade, uma enoteca, que também serve vinho em taça: A espetacular ”CHACHACHA”.

Nome estranho que lembra mais a orquestra de Xavier Cugat do que uma enoteca.

  A “CHACHACHA”, apesar do estranho nome, revela uma bela carta, boas etiquetas que são servidas, ainda bem, em taças decentes.

Quase sem querer descobri o “CHACHACHA”, no final da rua mais comercial da cidade (Ravanel le Rouge), enquanto caminhava para queimar as gorduras acumuladas no almoço do “Atmosphère”.

Foi amor à primeira taça de Chablis 1er Cru!
 

Há de tudo: Bourgogne, Mâcon, Rhone, Provence, Bordeaux, Alsace, Languedoc..... Uma festa.

O mais interessante: Preços bem razoáveis.  
 

Ambiente agradável, serviço profissional e competente, bons vinhos panorama de tirar o folego…. “Adieu Courmayeur”!

Bacco

7 comentários:

  1. Caro Bacco,
    Quanto estive no Vale D'Aosta fiquei impressionado com a beleza do local. Todas aquelas cidadezinhas rodeadas de montanhas, os lagos, casinhas bonitas, lembrando aquelas das estórias que líamos nos livros na infância. No entanto, também fiquei impressionado com a agressividade das pessoas. Elas não falavam comigo, rosnavam! Eram mais agressivas que os grandes cachorros que tinham em seus quintais, para espantar possíveis curiosos.
    Salu2,
    Jean

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  2. Estava eu pesquisando um vinho no Vivino e olha a pérola.....o incrível é que a imbecilidade dos sommerdies está sendo absorvida pelos consumidores:
    "Pétalas de flores envelhecidas, madeira antiga (segundo minha mulher, cheiro da gaveta da tia dela), porém sobra alcool. Abre com o tempo."

    A estoria do movel antigo propagada pelo SON OMA tá gerando frutos.....ou não.
    Até eu que sou meio que um iniciante no vinho acho patético.

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  3. interessante o "abre com o tempo". Realmente uma opinião qualificada.

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  4. Olá Bacco, uma vez mais aproveitando seu excelente artigo para tentar 'sorver' um pouco de seu conhecimento e aprender.
    Em minha última visita à Milão (há mais de ano), fomos ao ótimo Al Pont de Ferr (1 estrela Michelin) onde a competente sommelier Maida Mercuri nos indicou um excelente freisa 100%: Kyè G. D. Vajra Langhe DOC Freisa. Conhece? O que acha da uva Freisa? Há bons produtores?
    Desde já agradeço.
    Abraço

    Eduardo

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    Respostas
    1. Já escrevi uma matéria sobre a Freisa e mencionei a Kyè do Vajra,mas vc me deu uma boa ideia e resolvi escreve outra vez sobre essa uva. Aguarde.

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    2. Obrigado Bacco, que bom! Pesquisei agora na busca do blog e só achei algumas menções à Freisa, talvez tenha ficado no banco de dados do antigo blog ou eu não soube pesquisar adequadamente.
      Ficarei na expectativa pelo novo artigo.
      Uma vez mais parabéns pelo Blog!
      Eduardo

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