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terça-feira, 24 de junho de 2014

A MOBY SOMMERDIERE



Leio, com um sorriso “Monalistico”, no canto da boca, os comentários que os leitores de B&B adicionaram à matéria “Sexta Feira 13”.

Não há um comentário sequer livrando a cara da jornalista e da enóloga da Carraro, pelo contrário, há uma avalanche de críticas negativas.

Quem lê B&B sabe das coisas e não é facilmente enganado por arrivistas e picaretas do vinho.

Já não acredita na maioria dos críticos e$pecializado$ que apenas elogiam e repetem o discurso dos produtores e importadores e já não suporta sommerdiers que encontram até gosto de criado mudo numa taça de vinho.
 

Mas devo confessar que me sinto um Dom Quixote quando percebo e constato que cada dia, mais e mais, aumenta a quantidade de palermas que se aventura, sem o mínimo preparo, no mundo do vinho.

É impressionante!

Qualquer palhaço que bebeu meia dúzia de Merlot, outra meia dúzia de Cabernet Sauvignon, um pouco de Chardonnay, Carmenere, Tannat, Barbera, Barolo etc., que frequentou a AB$ ou a $BAV, se considera habilitado e confiante para criar um blog e jogar um monte de merda no ventilador da WEB.
 

Não há dia que deixem de emporcalhar nossos ouvidos com um monte de besteiras e sandices, para não repetir a palavra mais pesada

Chegou a vez, agora, da ....TCHAN-TCHAN-TCHAN- TCHAN: “MOBY SOMMERDIERE”

http://sommelierenarede.blogspot.com.br/2014/06/exoticas-italianas.html

A Moby sommerdiere se define: “...Empresária, mãe e esposa apaixonada! Sommelière formada pela ABS-SP em 2003, e desde sempre apaixonada por vinhos e técnicas de enologia.
 

Acreditamos, piamente, que nossa rotunda sommerdiere, seja mãe e esposa apaixonada, mas de vinhos não entende bulhufas.

A nossa nova musa, que nada deve à Camila Camomila (a origem é a mesma: AB$), me propicia uma incrível viagem pela Itália, na qual tentarei corrigir todas a besteiras que nossa Orca Sommerdiere, sem o mínimo pudor, ousa escrever.

Vou iniciar pela casta “Refosco dal Peduncolo Rosso

Nem copiar, a “MOBY” sabe.

 Caríssima Moby Sommerdiere, não é Refosco dal Perduncolo Rosso.

 Por favor corrija: “Refosco dal Peduncolo Rosso”, mas lembre-se: Eu copiei o seu blog com o erro, erro que comprova seu desconhecimento.

A Refosco dal Peduncolo Rosso é uma variedade de Refosco.

A Refosco dal Peduncolo Rosso, uva praticamente extinta, foi “redescoberta” em meados de 1900 e se transformou na casta autóctone mais plantada no Firula-Venezia Giulia (750 hectares).

 Emblemática, da região, a uva é conhecida desde o século XIV quando, colhida tardiamente, produzia vinho doce.

Hoje o Refosco dal Peduncolo Rosso é um vinho rubi escuro, quase impenetrável, com reflexos purpúreos.

Na boca é agradável, potente, complexo, imponente. 

O seu “PERDUNCOLO(como aquela anta pode escrever sobre vinhos?), não existe, nem existem “GRAVINHAS”.

O correto é: Peduncolo, gavinhas que são coisas distintas.

O “peduncolo” é aquela hastezinha, aquele raminho, que prendo o cacho à rama principal da videira.

A gavinha é aquela “molinha” de sustentação das trepadeiras que se enrola em outros galhos.
 

Em uma única casta, a Moby Sommerdiere, errou 5 vezes.

Se eu for corrigir todos os erros precisarei de 2 meses e mais um saco: Um único enche rapidamente......
 

Se os amigos quiserem, que eu continue perseguido a

 Moby Sommerdiere,  mudarei meu nome: Capitão Dionísio Ahab.

 

segunda-feira, 23 de junho de 2014

SEXTA FEIRA 13


 


Todas as sextas quando leio, no suplementodo Correio Braziliense, “Favas (mal) Contadas”, sempre assusto: As matérias da vetusta Liana me transportam imediatamente para as séries cinematográficas “Sexta Feira 13” ou “A Hora do Espanto”.

É inacreditável: Nos longos anos, de existência da coluna, nunca li algo que não fosse matéria elogiosa e “plantada” por donos de restaurantes, bares, vinícolas, importadoras etc.

A Liana é o maior exemplo de redundância jornalística.

Elogiar, para faturar, é preciso.....

Na última “Sexta Feira 13” a coluna, mais oportunista que nunca, entrevista a enóloga que criou o “Faces”.
 

Para quem não sabe e não bebeu (ainda bem), “Faces” é aquele quase vinho que a Carraro lançou aproveitando a a copa do mundo de futebol.

A matéria é cheia de pérolas.

Veja:

 Esta coluna não se cansa de lembrar: foi uma empresa familiar gaúcha, a Lidio Carraro, no estilo vinícola-boutique, com produção de apenas 300 mil garrafas/ano, quem desbancou a poderosa bodega chilena Concha Y Toro na escalação para produzir o vinho oficial do campeonato mundial. Lançado na Copa das Confederações, o tinto Faces (tem ainda branco e rosé) já correu o mundo. Antes mesmo de ser servido nos camarotes VIPs das arenas, vem sendo vendido na rede francesa Monoprix.

O vinho traduz a homenagem de sua criadora, a enóloga Mônica Rossetti (foto), de 30 anos, ao futebol. Ela buscou inspiração nos 11 jogadores que formam um time para elaborar com o mesmo número de castas o delicioso líquido 100% brasileiro.

 

1)           A Carraro não desbancou ninguém, apenas pagou mais do que a rival chilena.

2)         Produção de apenas 300.000 garrafas? Gian Alessandria produz 40.000 e não é “vinícola-boutique”

3)         Os coitados VIP são obrigados a beber o “Faces”? Maldade, pura maldade....

Depois da melosa introdução a nossa degustadora de “....delicioso líquido 100% brasileiro” entrevista a enóloga culpada pela elaboração do “Faces”
 

 

A pergunta: Como foi o processo de inspiração e seleção das 11 castas que entraram na elaboração do vinho da Copa?

A inspiração nasceu assistindo a uma partida de futebol com meu pai. Estávamos conversando sobre o desafio de elaborar um vinho tinto com o mesmo êxito que eu havia tido no corte do vinho branco, então no fim do jogo ele comentou: “Não te preocupas que amanhã Deus te abençoará na escalação do teu time”. Foi dessa indicação que eu pensei em escalar realmente um time de uvas em homenagem ao futebol. Para definir quais uvas escalar e em qual proporção, pensei em usar um esquema tático do futebol e fazer uma analogia entre as uvas e a função de cada jogador em campo. Então escolhi o 4-4-2, em que teríamos 2 uvas atacantes (Merlot e Cabernet Sauvignon), 4 no meio de campo, com a função de complexidade aromática e volume de boca (Tempranillo, Teroldego, Touriga Nacional e Pinot Noir), 4 na defesa com função de conferir corpo ao vinho (Tannat, Nebbiolo, Alicante Bouschet e Ancellotta) e um goleiro (Malbec), responsável pelo retrogosto.

 

A enóloga, de 30 anos, afirma que Se inspirou nos 11 jogadores para elaborar com o mesmo número de castas o delicioso líquido 100% brasileiro.
 

O liquido 100% brasileiro é obtido com 100% de castas importadas, mas tudo bem...

O momento mais meloso, terno e fofo da entrevista, atinge nossos amolecidos corações quando a “Rolanda Lero” gaúcha confessa ao pai suas apreensões para elaborar mais um quase vinho da Carraro.

O momento é sublime e lembra a pureza de   “A Noviça Rebelde”

 O pai: ”Não te preocupas (gauchês puro) que amanhã Deus te abençoará na escalação do teu time”.

Ainda bem que o Deus invocado não se lembrou dos reservas e da comissão técnica, caso contrário nossa enóloga teria lascado mais de 40 castas na produção e ganharia o Guinness por ter realizado a maior “suruba” vinícola do planeta.
 

Por uma questão de bom senso e para preservar o estomago dos leitores, deixo de reproduzir o restante da matéria.

Apenas um comentário: Uma enóloga de 30 anos, já contaminada pelo marketing barato e oportunista, tenta transmitir que o vinho Faces foi realizado após inspiração divina.

Balela!

 Palhaçada!

Picaretagem!

Numa atitude mais séria e mais profissional, nossa jovem enóloga, deveria dizer: “A Carraro, aproveitando a copa do mundo, lançou um produto com 11 castas. Eu apenas assinei esse vinho suruba que está sendo comprado por um monte de trouxas”.
 

Coitados dos VIP que são obrigados a beber aquela......

Dionísio

quinta-feira, 19 de junho de 2014

MANIAS


Tenho algumas manias, confesso.

Uma delas: Quando percorro as cidades do entorno de Brasília e encontro supermercados locais, não consigo evitar: Entro em todos para conhecer as prateleiras dos vinhos.

Em 90% das paradas é sempre a mesma desilusão: Algumas garrafas de Cantina da Serra, Country Wine, garrafões de Sangue de Boi e outras porcarias produzidas no sul.

Quando tenho “sorte” encontro Concha y Toro, Santa Carolina, Angaro e outras etiquetas populares.

Italianos? Quase nunca.

Portugueses? Alandra, Redondo, Casal Garcia e outros menos conhecidos.

Se os vinhos portugueses, acima mencionado, apresentam preços que oscilam entre 10 e 20 R$, sempre compro algumas garrafas para bebericar no dia-dia ou para cozinhar.

Ontem passei por uma avenida de Valparaiso, cidade limítrofe do DF, onde encontrei um supermercado popular (bota popular nisso...) que nunca havia visto.
 

A velha mania falou mais alto e mais uma vez entrei para verificar aas prateleiras de vinhos.

A mesma porcaria de sempre...

“Desiludido” já estava me dirigindo à saída, quando percebi uma prateleira cheia de “Cereser”.
 

Atrás das infames garrafas de quase Sidra, um rótulo alaranjado chamou minha atenção.

Troquei os óculos, me aproximei e quase tive um enfarte: Uma etiqueta de R$ 79,90 anunciava o preço do Champagne “CARTE D’OR” da Drappier.
 

Incrédulo, me aproximei, mais ainda, para verificar se o preço indicado correspondia ao produto.

Sim, caríssimos, O “CARTE DOR” custava R$ 79,90.

Preocupado, com a possível má conservação, comprei duas garrafas.

Na hora do jogo Croácia X Camarões abri uma garrafa para provar.

Grande Champagne.

Extraordinário, perfeito, soberbo!

São 11,40 e acabado de voltar de Valparaiso com o restante das garrafas de Drappier que encontrei.

Nunca R$ 79,90 foram tão bem gastos.

O “CARTE D’OR” apresenta uma pronunciada cor dourada que revela uma garrafa não tão jovem.

No nariz é elegante, aroma delicado de frutas cítricas, notas de mel e crosta de pão.

Na boca é picante, fresco, elegante e apresenta um final redondo e longo.

Grande vinho!

Dionísio.


sexta-feira, 13 de junho de 2014

ORGULHO GAÚCHO



 


Há momentos que meu peito explode, cheio de ufanismo e incontido patriotismo.

O inchaço torácico acontece quando leio notícias que colocam nosso Brasil na vanguarda do planeta.

Quando as boas notícias se referem ao mundo do vinho, porém, dúvidas me assaltam imediatamente

 Notícias comentado medalhas ganhas em concursos, qualidade reconhecida no exterior, grandes elogios por parte de figurinhas mundialmente manjadas, nem sempre estimadas por seu probo caráter, reconhecimento da suma qualidade dos vinhos nacionais, exalam, às minhas narinas, forte odor de matérias pagas ou plantadas pelos produtores.

 

Vejam, por exemplo, a notícia abaixo veiculada no blog

 

INVINOVERITAS

 by Silvia Franco

 


 

“A Vinícola Aurora é líder absoluta em vendas para o Reino Unido, o maior mercado importador de vinhos brasileiros.O embarque de 240 mil garrafas nos primeiros quatro meses do ano, volume responsável pelo faturamento de US$ 690 mil, lhe garantiu uma fatia de 56% do total de vinhos exportados pelo Brasil para o mercado britânico que, segundo dados do Ibravin, somou US$ 1,225 milhão no quadrimestre .

 O sucesso de público vem com endosso da crítica especializada britânica.

Na London Wine Fair, realizada na semana passada em Londres, o crítico Steven Spurrier (famoso pelo Julgamento de Paris, realizado em 1976, em que vinhos californianos venceram tops franceses) selecionou este rótulo da Aurora em sua apresentação de vinhos brasileiros na feira”

 

A informação é correta, mas transmite a falsa impressão que a Vinícola Aurora “estoura” no mercado europeu, mercado que reconhece, finalmente, a qualidade de nossos vinhos e que os “gringos” já não podem mais viver sem eles.


 

A Vinícola Aurora tinge o Reino Unido de verde-amarelo!

Falso, tudo muito falso.

O aumento de 700%, de unidades exportadas, e os valores declarados, lembram um pífio e silencioso pum em um mercado barulhento e gigantesco.
 

Vejam, abaixo, os milhões de litros, e não garrafas, importados pelo UK em 2013 e confira, também, o valor das importações em Libras.



 

Os números acima são um verdadeiro tsunami quando comparados aos da Aurora.

Calculando, sem grandes cuidados, grosso modo, encontrei as seguintes cifras: Os enófilos do UK consomem, por hora, 108.000 garrafas de vinho.

A Aurora que, no quadrimestre, exportou 240.000 garrafas, atingiria, caso não houvesse um declínio na demanda, um volume de 720.000 garrafas no ano.

Se nossos amigos britânicos, conforme números apresentados, mandam goela abaixo 108.000 ampolas por hora, o total exportado pela Aurora abasteceria, então, o mercado vinícola local por pouco mais de 6 horas e meia.

O ufanismo acaba rapidamente no ridículo dos números.

Nossa querida blogueira, então, foi superficial, não aprofundou o assunto seriamente e apenas copiou um press-release fornecido pela vinícola gaúcha.
 

Não ouso pensar que rolou uma graninha, afinal, nossos critico$ detestam propina$......

É o vinho gaúcho conquistando, durante 6,5 horas, a Inglaterra! 

Dionísio

 

 

quarta-feira, 11 de junho de 2014

EU SÓ QUERIA ENTENDER....


 


Em minha matéria, “Predatorius Viniculos Gauchurius”, alertava, os leitores e B&B, que o espumante “X BRUT”, produzido na Argentina, pela gigante espanhola Freixenet, é vendido, naqueles pais, por R$ 10,39.

 
 
 
Bastou que a “Miolo Predadora de Vinhos e a Freixenet fizessem parceria, para o preço passar dos R$ 10,39, na Argentina, para os R$ 42 no Brasil.

Nada de novo, em se tratando de Miolo.....

O que não sabia que o “X BRUT” é uma tragédia engarrafada.
 

O “X BRUT” é patético!

Um inimigo, sim, somente um inimigo pode ter tal atitude, me ofereceu uma taça do espumante argentino. 

Confesso não lembrar ter bebido um espumante pior.

O Freixenet espanhol não é nenhuma beleza, mas se e quando comparado ao “XBRUT”, parece uma Ferrari ao lado de um Dobló.
 

Pedi ao Bacco que me informasse o preço do Freixenet na Europa.
 

Bacco, com sua proverbial presteza, enviou a foto em que se pode constatar o custo, do espumante espanhol, na Itália: 6,90 Euros (R$ 20).

O brasileiro é duas vezes mais trouxa que o italiano?

Não!
 

O brasileiro é visto e tratado como um verdadeiro imbecil pelos predadores gaúchos do quase vinho.

 

terça-feira, 10 de junho de 2014

VINIDAMARE: DEGUSTÃO DE VINHOS DA LIGÚRIA


Todos os anos Camogli, esplêndida cidade da Riviera lígure, hospeda a mais importante exposição vinícola da região.

A Ligúria não é exatamente uma potência vinícola.

Seu território, extremamente montanhoso e de difícil cultivo, é mais conhecido pelo excelente azeite do que por seus vinhos, que lutam, bravamente, para sair do anonimato.

A Ligúria dedica à viticultura uma área que se estende por pouco mais de 1.500 hectares.
 

 A pequena realidade lígure revela sua pouca importância   quando, por exemplo, seus 1.500 hectares vinícolas são “atropelados” pelos quase 25.000 de vinhas plantadas na da Toscana

Produtores com mais de 10 hectares são raros e a maioria das propriedades, com muita frequência, não alcança um único hectare.

A viticultura, na Ligúria, é quase heroica.
 

Mostras, como a “VINIDAMARE”, são importantes para descobrir novos caminhos ou para confirmar antigas realidades regionais.

Antes de entrar em detalhes é preciso apresentar as castas autóctones e mais plantadas na Ligúria: Vermentino, Pigato, Rossese, Bosco, Albarola, Bianchetta, Cigliegiolo.

Há outras, mas de pouca importância e menor expressão que são adicionadas às castas mencionadas ou vinificada para consumo próprio.
 

Quando se fala em qualidade é preciso salientar que não se deve esperar grandes vinhos lígures.

Os vinhos da região, em sua maioria, são medianos, razoáveis, mas não muito complexos ou importantes.

Há exceções, lógico, mas raras, raríssimas.

Vermentino e Pigato, vinhos que dominam o cenário vinícola da região, são quase sempre monótonos, todos iguais, previsíveis.

É fácil perceber, nesses vinhos, o uso e muitas vezes o abuso, de leveduras selecionada.

 Quando se leva a taça ao nariz, não é difícil perceber a “esperteza” do produtor: O vinho agrada de imediato, aos enófilos menos expertos, mas cansa mais rapidamente ainda.

O Vermentino, muito perfumado, quase sempre “batizado” na adega com os famosos “lieviti selecionai” é um dos vinhos que evito sempre que posso.

O Pigato, consigo suportar um pouco mais.

Resumindo: Quem espera grandes vinhos da Ligúria deve reciclar suas esperanças e diminuir seu otimismo.

Sem muito o que fazer resolvi participar do último dia da “VINIDAMARE”.
 
 

O encerramento da feira é aberto ao público.

 Com 10 Euro compra-se a taça que dará direito a percorrer os stands e degustar os produtos de quarenta viticultores.

Tinha em mente apenas uma meia dúzia, até porque, degustar 80, 90 ou 100 vinhos não é minha praia: Após a décima prova meu paladar já não reage, não distingue, nem percebe, com segurança, as diferenças.

Um problema técnico obrigou a AIS (Associação Italiana de Sommelier” da Ligúria a transferir, o evento final da “VINIDAMARE”, de Camogli para Santa Margherita.

A mudança enriqueceu a mostra: A prefeitura de Santa Margherita autorizou a realização de degustação na espetacular “Villa Durazzo”.
 

Villa Durazzo, imponente conjunto arquitetônico, no centro de Santa Margherita, construída no final do século XVII, é circundada por um incrível parque que, por si só, vale uma visita.

O palácio, onde foi realizada a degustação, é de tirar o folego e enriquece qualquer evento.

Beber uma taça, vagando pelos salões da “Villa Durazzo”, pode transformar um vinho da (argh) Piagentini num Puligny-Montrachet.
 

VINIDAMARE continua na próxima matéria,
Bacco

 

segunda-feira, 9 de junho de 2014

Preços Gaúchos em Milão



 

Para embarcar, nos aeroportos de qualquer capital europeia, é preciso passar por um verdadeiro “Corredor Polonês” do consumo desenfreado e doentio.

Estou me referindo aos “Duty Free”, ou “Free Shop” da vida, que tentam, desesperadamente, tomar até o último centavo dos casais de turistas, já cansados e saturados de tanto percorrer as lojas de sapatos, de bolsas (como mulher adora sapato e bolsa…), de roupas, outlet, shopping centers etc. etc. etc.

Não há como escapar!

O tráfego de passageiros é dirigido, sem nenhuma sutileza, entre stands de perfumes, óculos, bebidas, roupas, doces, cigarros e dezenas de outras mercadorias, dizem eles, sem taxas e por essa razão, mais baratos.

Dizem, mas nem sempre é verdade.

Já verifiquei, inúmeras vezes, que muitas mercadorias são até mais caras que as encontradas nas lojas das cidades, por isso não compro nada nos aeroportos.

Nos aeroportos tudo é mais caro e naquele de Milão os preços são extorsivos.

No Malpensa, e em todos os aeroportos italianos, há anos a isenção de impostos, para os DUTY FREE, foi abolida pelo governo.

 Os preços, praticados no “DUFRY”, são de causar inveja aos predadores nacionais.

Em minha última viagem, de volta para o Brasil, perdi a hora e na pressa de fazer a mala deixei cair um frasco de perfume que se espatifou no piso do banheiro do hotel.

Dez horas no avião sem perfume é dose….

Resolvi dar uma olhada do “DUFRY” de Malpensa e conferir os preços.

Quase enfartei!

Será que o “DUFRY” milanês pertence à Lídio Carraro?

Os preços lembram muito aqueles praticados pelos predadores dos quase vinhos nacionais.

Vejam:

O Ornellaia, que é encontrado nas enotecas italianas por 95 Euros,

Tenuta Dell'Ornellaia Ornellaia 2011
Vitigno : 51% Cabernet Sauvignon 32% Merlot 11% Cabernet Franc 6% Petit Verdot Anno : 2011 Capacità : 75 cl Bolgheri DOC...
Vedi negozio per disponibilità
Soundtaste
95,90
Spese: n.d.
Totale: 95,90

 

 custa no “DUFRY” módicos 210,50.
 

Para não deixar sem opção os bebedores de etiquetas,apontando somente o Ornellaia, resolvi fotografar outro símbolo dos caçadores de pontos: Tignanello!

O Tignanello custa, no comércio, 42,62 Euros.

Tenuta Tignanello Tignanello 2011
Vitigno : Sangiovese 80%, Cabernet Franc 5 %, Cabernet Sauvignon 15% Anno : 2011 Capacità : 75 cl Clima ...
Vedi negozio per disponibilità
Soundtaste
42,62
Spese: n.d.
Totale: 42

 

No “DUFRY”, incríveis 89,50 Euros.
 

A Veuve Clicquot, no DUFRY, se entrega somente por 50 Euros,


 mas revela todos seus encantos, pela metade do preço (25 Euros) nas enotecas da Bota.

Maison Clicquot Champagne Veuve Clicquot Cuvèe Saint Pétersburg Coffret
Vitigno : Pinot Noir 50-55% Chardonnay 28-33% Pinot Meunier 15% - 20% Anno : n.d. Capacità : 75 cl ...
Vedi negozio per disponibilità
Soundtaste
25,00
Spese: n.d.
Totale: 25,00

 

O ótimo Verdicchio, da vinícola Bucci, é encontrado em qualquer canto da Itália por 11 Euros,

Bucci Verdicchio dei Castelli di Jesi Classico Superiore 2012
Giallo paglierino intenso. Profumno delicato ma persistente, piacevolmente fruttato, lieve sentore di mela golden, mandorla. Corpo secco, equilibrato, buon corpo, stoffa elegante.
Disponibile
XtraWine
11,22)
Totale:

 

Na Malpensa, que pratica preços da Serra Gaúcha, o mesmíssimo Verdicchio custa insanos 20 Euros.
 

Já temos, então, em Milão, um local que nos fará sentir em casa: Malpensa e seu DUFRY.

Quando você estiver com medo de sofrer o impacto dos preços dos vinhos ao retornar para o Brasil, passe no DUFRY.
 

O DUFRY age como uma câmara de descompressão para mergulhadores: Evita o choque da “HIPERTAXAÇÃO”

Dionísio