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quarta-feira, 12 de março de 2014

FINALMENTE UM GRANDE BRUNELLO


Por que o “Boccon Divino” caiu tanto?

Como pode um restaurante refinado, consagrado despencar para o purgatório gastronômico?

A resposta: Colocar em segundo plano a atividade principal e tradicional privilegiando um momentâneo sucesso glamoroso.

 A venda do controle acionário da vinícola “La Fiorita” para a pornostar americana, a parceria com o não menos pornográfico locutor, cofre bel alimentado, o “sucesso” do marido no mundo da pirotecnia, “obrigaram” a Alessandra a acompanhar com frequência o consorte nas viagens relegando, assim, o local a um segundo plano.

Ana, irmã, sócia e competente cozinheira, desde a fundação, do "Boccon Divino", deixou as panelas e foi para a sala que ,definitivamente, não é sua praia.

 O resultado é sempre o mesmo: Decadência!

 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando a pornostar cansar de brincar com as garrafas e retornar às antigas preferências, quando o Galvão Pavão encontrar um parceiro mais capacho, “La Fiorita”, que produz Brunello adocicado e parkeriano para o mercado internacional, vai entrar em declínio também.

Sem ser conhecido e reconhecido pelo mercado interno o Brunello do Cipresso (se ele ainda for realmente o proprietário) terá enorme dificuldades em escalar novamente a montanha.

Há uma janela de esperança: A Toscana, com sua beleza única, exerce um fascínio impressionante sobre americanos, ingleses, alemães, chineses, brasileiros etc. que não param de investir na região.

Para que os leitores tenham uma ideia gostaria de informar que, na última década, 17% das propriedades agrícolas toscanas foram vendidas para investidores estrangeiros.
 

“La Fiorita” pode perfeitamente sair das coxas da Savanna para os pês de um jogador de futebol onde o Cipresso será a bola da vez.
 

Enquanto isso, após o aveludado, macio, perfumado redundante, adocicado e enjoativo “La Fiorita” 2007, ordenamos e bebemos um “Canalicchio di Sopra” 2009.
 

O paladar reconheceu e agradeceu, finalmente, um grande Brunello di Montalcino.

 

 

 

 

11 comentários:

  1. Preciso beber o Canalicchio di Sopra. Você conhece o Capanna? Que acha?
    Salu2,
    Jean

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  2. O Capanna é ótimo , também e custa a metade do pornô

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    1. Já bebi o Capanna e também achei ótimo. Também gostei do Cordella. Achei de boa qualidade pelo preço.
      Sds

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  3. E o Livio Pavese Barolo, vale pagar R$ 70,00?

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  4. É só pensar que um Ca-lote 43 custa R$ 100 e já terá a resposta: Vale.
    70 R$ equivalem a 20 Euros .

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    1. Por R$100 dá para fazer uma lista tão grande de vinhos do Loire, Itália, Portugal e Espanha, que dá pena do Ca-Lote

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  5. Eduardo comprei no supermercado nacional, rede wallmart no rio grande do Sul, na cidade de gramado. Como tenho casa lá, e a venda de no supermercado é baixa, toda sexta-feira eles disponibilizar algumas garrafas de vinhos europeu com preços irrisórios, nesse dia que comprei o Livio Pavese barolo 2006, também arrematei o esporão reserva branco por 30 reais.

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  6. Olá BaccoeBocca, como não tenho seu email, mando por aqui. Nem precisa publicar este comentário e sim o intuito dele é que o Bacco ou o Bocca faça um post relevando 2 post "profissionais"

    http://www.vinhoedelicias.com.br/search?updated-max=2014-03-17T11:01:00-03:00&max-results=1

    http://www.vinhoedelicias.com.br/2014/03/vinho-oxidado-e-vinho-bouchonee.html

    Me pergunto, há que ser profissional para que se entenda de vinho e seus defeitos? É preciso diploma?
    Eu realmente me impressiono quando vejo abordagens assim, pois se o público geral ou os vistos potenciais consumidores não forem capazes de distinguir, reconhecer estes defeitos, vão empurrar goela abaixo? É isso?

    É um discurso elitista, como muitos que vemos por aí e que só afastam os tais potenciais consumidores por acharem que não são os escolhidos por Deus para tais habilidades. Acho que merece um artigo do Bacco ou do Bocca.

    Abraço,

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    1. Olá, de outro leitor,

      A pessoa do blog que voce cita escreveu isso por causa de um post em outro blog (http://chateaudejane.blogspot.com.br/2014/03/vinho-bouchonee-acontece.html). Foi até lá só para comentar a mesma coisa [o comentário já foi retirado], e não contente, ainda publicou estes dois posts em seguida só para falar isso, esculachando com a outra que havia cometido um equívoco.
      O discurso não só é elitista como típico de enochato. Nunca frequentei uma AB$ e garanto para você que reconheço defeitos e qualidades em um vinho melhor que essa pessoa do blog que você cita. A propósito, esta turma faz uns cursinhos por correspondência e se intitulam profissionais do vinho. hahahaha. Profissional do vinho para mim é o produtor.

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  7. Dois Brunellos que tomei recentemente. Col d'Orcia 2010 e Le Ragnaie. Diferença da água para o vinho - o primeiro detestável, não estava parkerizado, mas estava alcóolico demais (com apv de 14.5% mas isso não quer dizer nada, os Amarone tem apv mais alto do que isso e nem se percebe o álcool, a garrafa inteira desce sem problemas). O segundo, simplesmente maravilhoso, um daqueles Brunello com que sonhamos. Porque há tantas variações nos Brunello e como resolver o problema? Demarcação não é o caminho, não dá certo em nenhum lugar na Itália e mesmo na França. Já os Barolo e Barbaresco, todos os que tomei na última viagem estavam excelentes, até mesmo um Fontanafredda, de produtor massificado.

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