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segunda-feira, 31 de março de 2014

CAFFÉ DEI COSTANTI-AREZZO




Arezzo, estupenda cidade medieval, injustamente relegada a um terceiro plano, ou simplesmente esquecida pelo turista clássico (Roma, Paris, Veneza, Londres, Barcelona...), é mais um endereço imperdível de B&B.

O centro histórico importante, imponente e cuidadosamente preservado, revela, ao turista atento, ângulos de rara beleza.

Sua calma vida provinciana, suas refinadas lojas de ourivesaria, cujos preços baixos fariam corar de vergonha a Carla Amorim que em Arezzo não conseguiria vender um brinco sequer, seus refinados restaurantes, e especialmente seus bares, são atrações mais que suficientes para inserir a cidade num roteiro toscano. .

Um bar que vale, não uma, mas inúmeras visitas é o “Caffè dei Costanti”.
 

O histórico e belíssimo bar, fundado em 1819, além de perfeitamente conservado, oferece, todas as tardes, uma grande variedade de vinhos tintos e brancos, espumantes, Champagne.

Para acompanhar as bebidas? Uma fantástica mesa de frios, para a sagrada hora dos aperitivos dos italianos, ocupa a parte central do bar.

Não sei quantos bares já frequentei, quantos me impressionaram, quantos já elogiei, mas boquiaberto, como quando me deparei com quantidade de tira-gostos expostos nas mesas do “Caffè dei Costanti”, não recordo de ter visto.
 

Impressionante!

Salmão, salames, presuntos, bruschette, queijos, tortas, sanduiches, saladas, picles, verduras, salsas, amendoins, nozes, amêndoas, avelas…Uma imensa variedade de petiscos.
 

Os preços dos vinhos, cervejas, destilados, coquetéis etc., são acrescidos em três Euro caso o cliente resolva consumir os tira-gostos

Três Euro, acredite, são poucos para tanta comida (há  clientes que, praticamente, jantam no “Caffè dei Costanti”)
 

Dionísio, que me acompanhava em minha última visita ao “Caffè dei Costanti”, resolveu pedir uma garrafa de Chianti abandonando as costumeiras taças avulsas.

Ao garçom, que nos atendia, ordenamos um bom e tradicional   Chianti Classico sem o costumeiro “batismo” das detestáveis uvas internacionais.

Surpresa!

O rapaz, que entendia de Chianti, captou a mensagem e abriu uma garrafa de “Chianti Classico Monteraponi”.
 

Grande Chianti, 100% tradicional!

 Grande vinho produzido com 95% Sangiovese e 5% Canaiolo.

O “Monteraponi”, produzido em Radda in Chianti, é um Chianti com perfume de Chianti, de Sangiovese e de território toscano.

Sua cor rubi, límpida e brilhante, realça ainda mais o prazer de se beber um vinho com sabor de território.

Livre dos Cabernet Sauvignon, Syrah e Merlot da vida, que “internacionalizaram” (para ser elegante e não dizer outra coisa...) os vinhos da Toscana, o “Chianti Classico Monteraponi”, com seu perfume floreal, sua elegância, seus taninos equilibrados, tremendo final e consistência na boca, resgata a grande importância e a qualidade do Sangiovese na vida do Chianti.

Você, que gosta de vinhos genuínos e com DNA de Toscana, procure e prove o “Monteraponi” e depois comente.

Ah, ia esquecendo.... O “Chianti Classico Monteraponi” 2011, servido em taça de cristal e acompanhado de petiscos, custou, no “Caffè dei Costanti”, 22 Euro.

O “Caffè dei Costanti”, fica na praça San Francesco, defronte à homônima basílica que guarda maravilhosos afrescos de Pier della Francesca.
 

Depois de beber bastante, no bar, os fiéis, que se sentirem em pecado, poderão pagar penitência na belíssima igreja admirando as raras pinturas.

Mais um detalhe: A praça aparece no filme “La Vita è Bella”

A tomada: No início da fita, Benigni desce uma ladeira em uma bicicleta e atropela sua “principessa” que cai sobre um monte de areia.

 A cena foi filmada em Arezzo em frente ao “Caffè dei Costanti”.

Não perca!!!!!!

 


quarta-feira, 26 de março de 2014

VINHO SURUBA



 

A Lídio Carraro é seguramente a mais predadora das vinícolas gaúchas.

Sua obscenidade se revela nos “obscenos” R$ 258 que cobra por uma garrafa de Nebbiolo, os “sodomizantes” R$ 260 por uma de Tannat e “estupradores” R$ 170 por uma de simples Teroldego.

Os preços astronômicos são provas, claras, de que a predadora não conhece limites e considera o consumidor brasileiro um imbecil atávico.

Não vou comentar o absurda quantia de R$ 260 por um Tannat, nem lembrar que um tremendo Barolo custa, na Itália, menos da metade do Singular da Carraro, e nem comentar que um Teroldego custa, na bota, 12/15 Euros.
 
Teroldego Villa Corniole
vino rosso Teroldego Rotaliano DOC
Prezzo: € 12,87
 

O meu post é para alertar, o enófilo brasileiro, que a insaciável fera do “Vale dos Suspiros” e também oportunista e erótica.

Não sei quanto, nem para quem, a Carraro pagou para produzir os quase vinhos da “Copa dos Bilhões”, mas a empresa, certamente, recuperará, em brevíssimo tempo, o inve$timento.

Vinhos deploráveis, baratos e eróticos.

Sim, eróticos!

Talvez invejosa, por não ter tido a ideia do “Brunello Pornô”, a Carraro lança seu projeto: “Faces Suruba”

O vinho Faces (de paus?) coloca em uma simples garrafa 11 uvas e inaugura o “Vinho da Suruba”

“...e se mais uva houvera, mais suruba acontecera” (Camões revisado....)
 

Nossa mais nova musa, Camila Camomila, visitou a Lídio Carraro e comentou a vitória da vinícola, dos vinhos promíscuos, que levou a melhor sobre a Concha y Toro na disputa pela produção do vinho da copa dos bilhões:

“.....Surreal… A moral brasileira no vinho foi salva pelo sonho, arrojo, qualidade e competência da família Carraro, com a linha faces, os 3 vinhos elaborados exclusivamente, para a Copa do Mundo 2014.”
 

Grande, incorruptível, patriota e profi$$ional, a Camomila

 

terça-feira, 25 de março de 2014

OS OLIGOFRÊNICOS


 


Voltando para casa, após a tarde “Tondoniana” com Bacco, uma chuva de arrepiar provocou engarrafamentos monumentais.

Rádio ligado, pensamento vagando…Lembrei de um comentário em que um leitor ridicularizava uma “degustação” do Beato Boato Salu.

Vejam:

 Simplesmente sublimes @(...) Rosé estruturada, h Brion branco com cremosidade borgonhesa sem perder a bordalesidade. Cos maduro, mas nervoso. E La Missim mostra a proeza de ser um sonho e uma realidade, ou sejá, expressa sensações de completude, mas ainda sabores maiores surgirão. Sobrenatural!?"

 

O Beato Boato não se toca e continua acreditando que somos um bando de oligofrênicos.
 

De repente, uma ideia: Por que não bolar um concurso onde os leitores, em poucas linhas e muita imaginação, pudessem se inspirar e tentar imitar nossos talentosos gênios do vinho?

Os escolhidos?

Há centenas, mas optamos pelos mais ridículos e arrogantes:

Beato “Peixe de Rio” Salu,
 

Camila Camomila “Bouchonée”,
 

Didu Bilu “Moringa” Tetéia,
 
 

Os leitores incorporariam a personalidade de nossos “especialistas” e tentariam descrever, imitando seus refinados e impares estilos, o Viña Tondonia, Casillero del Diablo, Salton Talento, Miolo Seleção, Família Piagentini, Singular Nebbiolo….  etc.

Não bebeu o Viña Tondonia?

 Não conhece o Viña Tondonia?

Não tem importância… Nossos sommerdiers também não sabem o que escrevem.

Será preciso, no entanto, preservar o estilo dos mestres.
 

O Beato Boato é especialista em fundo de garrafa deixados pelos endinheirados paulistanos.

O Bilu Teteia e a Camila Camomila, bebem qualquer coisa que seja de graça e em boca livre.

O Gladson?

Não, o Gladson, com salame ou sem salame, não vale.

 O Gladson, fez parceria com o Jean Claude Cara de Peroba e abriu uma charcuterie em Ourinhos.
 

Uma vez por semana publicaremos as três melhores degustações e, antes da copa dos bilhões, enviaremos, ao vencedor da melhor “desgustação”, inteiramente grátis, um “VIÑA TONDONIA RESERVA.

B&B, mais uma vez, colaborando com a iniciação e especialização de nossos sommerdiers.

Dionísio

PS. Se eles nos tratam como trouxas, vamos retribuir?

 

segunda-feira, 24 de março de 2014

BOLGHERI? VIVE LA FRANCE





 

De todos os territórios, que eu conheço, nenhum se entregou de braços escancarados ao “mercado” como a Maremma.

A Maremma toscana, até meados do século passado, era conhecida pela pobreza, pela malária e pela mortalidade precoce de seus habitantes (em 1800 a vida média, na região, era apenas de 19,5 anos)
 

Vinho?

Pouquíssimo e de qualidade nada além do sofrível.

Terra barata, esquecida, a Maremma vinícola não era importante e quase nem mencionada no atlas dos vinhos italianos.

Foi preciso que um piemontês, o marquês Incisa Della Rocchetta, “descobrisse” a grande aptidão vinícola de Bolgheri, até então apenas lembrada na poesia de Giosuè Carducci: “I cipressi que a Bolgheri alti e schietti van da San Guido in duplice filar....”

Bolgheri era poesia somente na mente do poeta; na realidade a região era o paraíso dos pernilongos....

Uva?

Vinhos?

Alguns, mas que empalideciam quando e se comparados aos primos toscanos Brunello, Chianti, Nobile di Montepulciano…Vinhos que nunca ultrapassaram a fronteiras regionais.
 

Boas engraxadas nos bolsos dos fiéis amigos jornalistas e críticos, propaganda bem dirigida, marketing inteligente…Nasceu o fenômeno Sassicaia.

E na esteira do Sassicaia e de seu sucesso, uma longa lista de empresários, nobres e plebeus, aportou em Bolgheri.

Em poucos anos fundaram a Bordeaux toscana.

Se os vinhos são bons, iguais ou melhores do que o franceses, é assunto para russos, brasileiros, chineses, americanos, japoneses etc.

 Os italianos somente bebem um Masseto quando pagam a conta com um cheque sem fundo.....
 

Uma coisa é certa: A Maremma é a mais descaracterizada e menos italiana das regiões vinícolas da bota.

Alguns dados.

A superfície total, da DOC e IGT Bolgheri, é de 1.220 hectares, assim dividida:

40% Cabernet Sauvignon, 25% Merlot, 10% Cabernet Franc, 7% Syrah, 7% Vermentino (branco regional), 6% Petit Verdot, 3% Sauvignon, 2% Sangiovese.

Vive la France!

 

Os 38 produtores e suas respectivas áreas de vinhas (na região)

- 301 ha Guado al Tasso - Marchese Piero Antinori
- 99 ha Tenuta dell’Ornellaia -
Marchesi Frescobaldi
- 88 ha Ca’ Marcanda -
Angelo Gaia
- 86 ha Tenuta San Guido -
Marchese Niccolò Incisa della Rocchetta
- 71,50 ha Tenuta Argentiera - Corrado e Marcello Fratini
- 50 ha Castello di Bolgheri -
Conte Zileri Dal Verme
- 44,50 ha Poggio al Tesoro -
Allegrini
- 42 ha Donna Olimpia
- Guido Folonari
- 30 ha Campo al Mare -
Ambrogio e Giovanni Folonari
- 30 ha Tenuta di Biserno
(affitto vigneti Le Colonne) - Marchese Ludovico Antinori
- 29 ha Casa di Terra - Giuliano Frollani
- 22,50 ha
Michele Satta
- 20 ha Le Macchiole -
Cinzia Merli
- 18 ha I Greppi -
Bianca Cancellieri e Alessandro Landini
- 17,50 ha Caccia al Piano -
Ziliani (Berlucchi)
- 16 ha Sapaio -
Massimo Piccin
- 15,50 ha Campo alla Sughera -
Knauf
- 14 ha Grattamacco -
Claudio Tipa (Collemassari)
- 14 ha Villa Pavoniere
- 12,50 ha Aia Vecchia -
Famiglia Pellegrini
- 9 ha Ceralti - Iacopo Alfeo
- 9 ha Ferraris Iris -
Famiglia Ferrari
- 8,50 ha La Cipriana
- 7 ha Batzella
- 7 ha Fabio Motta
- 6,50 ha Chiappini - Giovanni Chiappini
- 6,50 ha Giorgio Meletti Cavallari
- 6,50 ha Terre del Marchesato
- 6 ha Donne Fittipaldi - Maria Menarini
- 6 ha Le Fornacelle
- 6 ha Campo al Noce
- 5 ha Orma - Moretti
- 3,60 ha Antonino Tringali Casanuova
- 3 ha I Luoghi
- 3 ha Le Grascete
- 2 ha Mulini di Segalari
- 2 ha Serni Fulvio Luigi



A produção total, da denominação, é de 4.560.000 garrafas (80% para a exportação).

A rentabilidade (prestem atenção, muita atenção) da Tenuta San Guido (Sassicaia)= 46%, Antinori (Solaia) 39,7%.
 

É dinheiro que não acaba mais, dinheiro que pode continuar engraxando canetas, comprando pontos, bicchieri, corações e mentes, no mundo todo.

Bolgheri é mais francesa do que a própria França.

Bolgheri é o maior exemplo de anti-terroir.

 

domingo, 23 de março de 2014

VIÑA TONDONIA 1998


A matéria foi escrita há cinco anos , mas vale a pena ler de novo

 

Ontem, em uma  de suas raras visitas à Brasília, Bacco me convidou, no final da tarde, para tomar um vinho e comer uma massa.

“Chamei também fulano e sicrano, que você conhece, para abrirmos algumas garrafas mais antigas”.

Quando Bacco resolve abrir sua pequena, mas preciosa adega, sai de baixo.....

Garrafas escolhidas a dedo, produtores validíssimos, ótimas safras e, principalmente, vinhos raros e inexistentes no mercado brasileiro.

Massa com frutos do mar preparada com esmero, boa matéria prima e, para acompanhar, uma garrafa do estupendo branco “Viña Tondonia Reserva 1998”.

Bacco considera o Viña Tondonia um dos 10 melhores vinhos brancos que já bebeu.... Quem sou eu para desmenti-lo?

O Viña Tondonia é soberbo!

Incrível como esse vinho, cuja vinificação prevê 72 meses de barrique, consegue enfrentar 20, 30 ou mais anos sem perder o frescor, elegância, complexidade e todas suas melhores características.

O Viña Tondonia 1998, com seus 12,5º, é mais uma prova que álcool nada tem a ver com longevidade.

Não contente, em abrir uma garrafa de 1998, Bacco desarrolhou outra de 1988.

O vinho de 88 se apresentou um pouco mais dourado, cor menos brilhante, mas esplendido.

Devo ter enfiado meu nariz uma dúzia de vezes na taça tentando descobrir os incríveis e persistentes aromas do Viña Tondonia.

Não consegui.
 

Vencido, impotente (credo...) e resignado, perguntei: “Bacco, você saberia identificar todos os aromas?”

“Para ser franco apenas encontrei alguns florais mas não identifiquei exatamente quais. Talvez camomila, ginestra....  Grandes vinhos possuem aromas complexos e difíceis de identificar. Com o Tondonia não é diferente. Eu não arrisco….”

A afirmação de Bacco me consolou e já não me senti o mais eno-incompetente do planeta.

VIÑA TONDONIA 1998 – 1988 dois grandes vinhos da Lopez Y Heredia produzidos com as autóctones Viura e Malvasia.

O mais interessante: Você, eno-patridiota-convicto, partidário do “O VINHO É NOSSO”, não satisfeito com traulitada que levou com a refinaria de Pesadena e que comprou o Chardonnay, do “Bettu Rabo de Cavalo I”, por R$ 100, ou mais......puxe uma poltrona, sente, relaxe, respire fundo e beba três litros de chá
de camomila.
 

Sabe quanto o Bacco pagou pelo “VIÑA TONDONIA 1998”?

Euro 25,90!

Beba mais um pouco de Camila (ops) camomila.

sexta-feira, 21 de março de 2014

QUANDO O SOMMELIER PECA PELA ARROGÂNCIA




 


 

No último dia, de nossa viagem pela Borgonha, Gian Alessandria, grande viticultor em Verduno, Gianni Cauda, proprietário do ótimo “Dai Bercau” na mesma aldeia, e eu, resolvemos jantar no estrelado “Le Montrachet” em Puligny Montrachet

Para coroar a despedida, resolvemos beber uma prestigiosa garrafa: “Puligny Montrachet 1° Cru Les Pucelles 1999”

Os vinhos, nos restaurantes franceses, não são exatamente baratos, nos estrelados, então....

Após as consultarmos os cartões, concordamos que 230 Euro eram “suportáveis”.

Pedimos a garrafa!

O “Le Montrachet”, como todo restaurante francês, que ostenta uma estrela Michelin, prima por serviço de altíssima qualidade e o exército de ajudantes, garçons, sommeliers, maitres é realmente profissional e competente.
 

A sommelier da casa, uma moça com pouco mais de 30 anos e 1,90 de altura, abriu a caríssima garrafa com cuidado, provou o vinho e em seguida me ofereceu uma taça esperando minha aprovação.

Cheirei o vinho e imediatamente exclamei: “O vinho está bouchonné”.

A sommelier, olhos arregalados, incrédula, estática e de boca aberta, olhou para a garrafa, de 230 Euro, provou novamente o vinho e deselegantemente confirmou que, em sua opinião, o vinho estava perfeito.

Sem levar a taça novamente ao nariz declarei:” Me perdoe, mas o vinho está bouchonné”

Alessandria e Cauda olhavam o “duelo” e não proferiam palavra.

A sommelier, que não tinha o japonês do Dionísio no restaurante e achando que eu fosse, provavelmente, um daqueles clientes que ,cheio de pose, adora aparecer, recorreu ao maitre d’hotel.

O maitre levou a taça ao nariz, por um segundo, e sentenciou: “O vinho não está bom”.

Saiu, quase correndo e em menos de um minuto regressou com outra garrafa.

“Perdoem a falha. Espero que esta garrafa não me desaponte, pois, é a última..... Se os senhores quiserem continuar, com o mesmo vinho e a mesma safra posso sugerir outro produtor”.

Apesar de comemorarmos nosso final de viagem não ousaríamos estuprar nossos já violentados cartões com outra garrafa de 230 Euro; terminamos a noite bebendo no hotel um grande Barolo do Alessandria.

Moral da história: A sommelier de 1,90 me serviu muitas outras vezes ,já me reconhece e sempre sorrindo aguarda minha aprovação. 

 Nosso relacionamento e bom, cordial e tenho a certeza que a sommelier desceu do pedestal ao perceber que há clientes, também, preparados.
 

A Camila, não!

A Camila continua arrogante, despreparada (vou provar que é despreparada) interessada apenas em faturar lambendo botas de produtores gaúchos e importadores.
 
 

A Camila faz parte daquela casta de incompetentes que pululam nos blog de vinho e se esconde sob uma pequena camada de verniz teórica.

A Camila não admite o erro e escreve:

 “..... O aprendizado está aberto a todos, eu aprendo sempre, com meus erros e minha pressa em digitar...rs..., que prova inclusive, que não copio textos...rssss.... e sim, os escrevo originalmente, ponto para mim...rs...portanto já aproveito para me desculpar, por eventuais erros no francês, no inglês, no italiano, no chinês, no polonês........pois Vinho Delícias não tem verba para revisores...rs...”

 

Desonestidade intelectual, pura.
 

Cara Camila, sua pressa em digitar não pode ser repetitiva e o erro aparecer sempre na mesma palavra.

Vossa Majestade escreveu “BOUCHONÈE” quatro vezes (já corrigiu) por erro de digitação?

Quatro vezes é confirmação de ignorância no assunto.

Quem se vangloria e propala ser “MASTER EN VIN DE PROVENCE” não pode, nem deve, cometer tais erros.

Já imaginou, cara Camila, se eu, mesmo sem ser máster em m....... nenhuma, mas que abordo   constantemente os vinhos italianos, escrevesse em minhas matérias, “Brunelo de Montacino”    ou “Trebiano da Bruço” quatro vezes?

Qual seria minha credibilidade?

Qual seria minha autoridade?

Mais uma coisa: A quantidade de “....rsssss...”, em seu texto, me faz, vagamente, recordar a risada nervosa das hienas.
 

Cara Camila, aguarde…Tem mais, muito mais.

quinta-feira, 20 de março de 2014

MAIS UM SOMMERDIER




 


Publicamos dois comentários, em “Finalmente um Grande Brunello”, que retratam com fidelidade o que pensam os consumidores dos sommeliers brasileiros.

Leiam:

Olá BaccoeBocca, como não tenho seu email, mando por aqui. Nem precisa publicar este comentário e sim o intuito dele é que o Bacco ou o Bocca faça um post relevando 2 post "profissionais"

http://www.vinhoedelicias.com.br/search?updated-max=2014-03-17T11:01:00-03:00&max-results=1

http://www.vinhoedelicias.com.br/2014/03/vinho-oxidado-e-vinho-bouchonee.html

Me pergunto, há que ser profissional para que se entenda de vinho e seus defeitos? É preciso diploma?
Eu realmente me impressiono quando vejo abordagens assim, pois se o público geral ou os vistos potenciais consumidores não forem capazes de distinguir, reconhecer estes defeitos, vão empurrar goela abaixo? É isso?

É um discurso elitista, como muitos que vemos por aí e que só afastam os tais potenciais consumidores por acharem que não são os escolhidos por Deus para tais habilidades. Acho que merece um artigo do Bacco ou do Bocca.

O segundo:

Olá, de outro leitor,

A pessoa do blog que voce cita escreveu isso por causa de um post em outro blog (http://chateaudejane.blogspot.com.br/2014/03/vinho-bouchonee-acontece.html). Foi até lá só para comentar a mesma coisa [o comentário já foi retirado], e não contente, ainda publicou estes dois posts em seguida só para falar isso, esculachando com a outra que havia cometido um equívoco.
O discurso não só é elitista como típico de enochato. Nunca frequentei uma AB$ e garanto para você que reconheço defeitos e qualidades em um vinho melhor que essa pessoa do blog que você cita. A propósito, esta turma faz uns cursinhos por correspondência e se intitulam profissionais do vinho. hahahaha. Profissional do vinho para mim é o produtor.

 

A bronca dos dois tem origem nas petulantes afirmações de sua Majestade: SOMMELIER CAMILA COLETTI
 

A petulante, convencida e nada modesta profissional do vinho, chama, sem papas na língua, todos os enófilos de imbecis.

Leiam.

 

A eno-sumidade, sentada no trono do conhecimento e   no pedestal da cultura vinícola (se diz “Master en Vin de Provence”), já erra no título da matéria

 A Camela, ops, Camila, escreve: “VINHO OXIDADO E VINHO BOUCHONÉE”.

 Caríssima sommerdier e “Master em Vin de Provence”, o correto é: BOUCHONNÉ.

Se não sabe nem escrever corretamente (repete o erro várias vezes) não deveria posar de sumidade do saber enológico.
 

Minha resposta. 

“Sa di Tappo!” (Goût de Bouchon)

 


Em um restaurante de Alba, cujo proprietário é meu conhecido de longa data, certa vez devolvi um Château Musar 1990, branco; havia percebido um leve “sabor rolha”.

O Château Musar 1990 não é exatamente um vinho dos mais baratos e perguntei se ele arcaria com aquele prejuízo.

Nunca!” e continuou.

 “Guardo as garrafas com problemas e os representantes, três ou quatro vezes por ano, as retiram e depois repõem.

 “Há alguns anos, porém, entrei pelo cano”.

 Guardo todas as garrafas, “che san di tappo” (bouchonnés), em um puxado fora da cozinha e, quando chega a ocasião, as troco. Um belo dia o vendedor, depois de ter concluído a venda, perguntou se havia algumas garrafas defeituosas. Fui até o “depósito das bouchonnés para prelevar as de sua representada e, estupefato, notei que não havia uma garrafa sequer. 

Eu sabia que deveria haver dúzias delas, então perguntei, ao pessoal da cozinha, o que havia acontecido. Um ajudante, vindo do Japão e que estava estagiando há três meses, confessou que todas as noites bebia alguns copos daquelas garrafas.

O japonês, que não entedia nada de vinho, tomava porres homéricos bebendo vinhos bouchonnés todas as notes e havia secado todas as garrafas.
 

Todos rimos e eu acabei “perdoando” o japonês.

Mas há males que vem para o bem: O rapaz, de tanto beber vinhos bouchonnés, se tornara um verdadeiro expert no assunto.

 Quando nem o sommelier da casa conseguia perceber a rolha com defeito, ou tinha dúvidas, o japonês era convocado a opinar.

O nipônico não errava uma…. Havia se tornado a  maior autoridade em vinhos bouchonnés”.
 

A nossa Camila deveria baixar um pouco o tom e perceber que qualquer simples mortal pode facilmente perceber um vinho com rolha defeituosa.
 

Cabe uma pergunta: Quando não há um sommerdiers na casa qual o procedimento?

A quem recorrer?

Ao japonês?